MP denuncia e pede prisão preventiva de autor do tiro que matou o artista plástico Apolinário

O Ministério Público do Estado (MPE), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Santarém, promoveu denúncia contra nesta segunda-feira (14), contra o nacional Sandro Corrêa de Carvalho, vulgo ‘Sandrinho’, pelo homicídio do artista plástico Manoel Apolinário Oliveira de Sousa. A denúncia foi enviada ao Juízo da 3ª Vara Criminal e pede a prisão preventiva de ‘Sandrinho’, que no dia 15 de novembro disparou um tiro de arma de fogo em Apolinário, que morreu em consequência do ferimento, no dia 1º de dezembro.

“Sandrinho’ é o autor do tiro contra o artista plástico Apolinário no dia 15 de novembro

O crime causou grande repercussão na cidade, pois o artista era conhecido na região. De acordo com a denúncia do promotor de Justiça Ramon Furtado Santos, consta no inquérito policial que no dia 15 de novembro de 2020, por volta das 23h45, em frente a um hotel na avenida Mendonça Furtado, bairro Liberdade, o denunciado Sandro Corrêa de Carvalho, agindo com a intenção de matar, impelido por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, fez uso de uma pistola modelo Taurus, calibre 380, para desferir um tiro contra Manoel Apolinário, causando a lesão que foi a causa efetiva de sua morte.

A vítima estava em uma confraternização com correligionários e apoiadores de uma campanha política, quando foi convidado a tirar uma fotografia conjunta, ocasião em que fez um comentário sobre um cachorro da raça pinscher que estava nos braços do acusado, o que resultou em um desentendimento, sendo que Sandro estava visivelmente alcoolizado. Ao término da festa, Apolinário foi até a saída do hotel e lá encontrou uma pessoa discutindo com o denunciado, que apontou o dedo para a vítima e, em ato contínuo, sacou a arma que trazia na cintura e efetuou um disparo que atingiu a vítima na altura dos rins. Depois, Sandro ainda tentou efetuar novos disparos, sendo contido por outra pessoa, o qual segurou seu braço e travou luta corporal com o agressor.

Manoel Apolinário Oliveira de Sousa foi socorrido e submetido a cirurgia abdominal de urgência, e recebeu alta no dia 20 de novembro. Porém, teve de retornar ao atendimento médico no dia 30 de novembro devido a complicações pós-operatórias, quando foi submetido à nova cirurgia no dia 1º de dezembro, porém não resistiu e morreu devido a uma parada cardiorespiratória provocada por uma infecção no ferimento sofrido pelo disparo de arma de fogo.

Para o MPPA, autoria e materialidade estão demonstrados no inquérito policial; no boletim de ocorrência; nos depoimentos das testemunhas; depoimento da vítima, prestado antes da data de seu falecimento; no interrogatório do denunciado, que admitiu o disparo efetuado; pelos documentos hospitalares;  degravação dos áudios recebidos; auto de apresentação da arma de fogo utilizada no crime; exame pericial de Balística; Laudo de Lesão Corporal; Laudo de Exame Cadavérico e pelas filmagens da câmera de segurança que gravou o momento exato em que os fatos ocorreram.

A conduta do denunciado está prevista no artigo 121, §2º, incisos II e IV do Código Penal Brasileiro. O MPPA pediu a decretação de prisão preventiva de Sandro, pois “o acusado possui reputação capaz de gerar riscos a ordem pública, já que se tem notícias de seu envolvimento em outras confusões nesta cidade, além do que consta anotado em sua ficha criminal, em que é investigado pela prática do crime de disparo de arma de fogo”, em ocorrência de 20 de maio de 2020. Além disso, possui raízes no Estado do Ceará, o que torna temerário a sua fuga. “É imperioso garantir a ordem pública e o regular andamento do feito”, conclui o MPPA.

As informações são do MPE

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