Operação da PF em Itaituba procura por foragido suspeito de fazer escolta de garimpeiros

Deflagrada na manhã de ontem (21), no município de Itaituba, no sudoeste do Pará, a operação ‘Divitia’, da Polícia Federal, continua atrás de um homem suspeito de fazer escolta de máquinas e garimpeiros para dentro de uma área da terra indígena Munduruku. O suspeito tem contra si, um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Federal de Itaituba.

Veículos de luxo foram apreendidos pela PF durante a operação deflagrada em Itaituba. Foto: Divulgação/PF

As investigações da PF apontam para a possível utilização de helicópteros com homens fortemente armados dentro deles para garantir a entrada de máquinas pesadas e pessoas para uma região conhecida como Igarapé Baunilha, no interior de Terra Indígena, no município de Jacareacanga, para a instalação ou ampliação de garimpos ilegais.

Na ação realizada na quarta-feira (21), foram apreendidos dois carros de luxo, uma BMW Z4 e um Chevrolet Camaro SS, além de documentos e um aparelho celular, encaminhados para o Posto da Polícia Federal em Itaituba.

Foi também expedido mandado de prisão temporária contra o investigado, que se encontra foragido. A PF continua em diligências na tentativa de localizá-lo para efetuar a prisão. A Justiça também determinou o sequestro de três helicópteros de possível propriedade do suspeito.

A legislação brasileira não permite a obtenção de lavras garimpeiras dentro de áreas demarcadas como Terra Indígena, dessa forma os garimpos dentro de tais áreas são ilegais. 

Colaborou na Operação o recém-criado GIASE (Grupo de Investigação Ambiental Sensíveis) com base em ITATUBA/PA. Os GIASES são unidades especializadas da Polícia Federal na investigação crimes ambientais praticados por organizações criminosas.

Os crimes investigados são os do art. 2º, da Lei 8.176 de 1991, usurpar, produzir ou explorar matéria-prima pertencentes à União, pena: detenção, de um a cinco anos e multa; em concurso com arts. 52 e 55 Lei n. 9.605 de 1998, penetrar em Unidades de Conservação sem licença da autoridade competente e Extração mineral ilegal, ambos com penas de detenção, de seis meses a um ano, e multa; mais o art. 16 da Lei n. 10.826 de 2003, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, com pena reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa; com art. 288 § único, do Código Penal, Associação Criminosa, com pena de reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Divitia é a palavra em latim para riqueza.

As informações são da Polícia Federal de Santarém

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *