Grupo de teatro santareno faz homenagem ao Sairé com espetáculo de comédia

Com as regras de distanciamento, que ainda proíbem a realização de eventos, o Grupo Artístico Cultural Olho D’água escreve uma nova fase de sua trajetória na internet e vai lançar sua segunda peça digital neste domingo (2 de maio), às 20h, no youtube. A peça ficará disponível gratuitamente.

Link para assistir: http://url.gratis/F6Yh1

O espetáculo ‘Égua do Sairé Pai D’égua’ é inédito e conta a história de uma família ribeirinha que viveu em Alter do Chão na década de 40 e retrata o momento histórico em que a igreja proíbe a celebração do Sairé. A personagem principal, Belarmina dos Eleutério da Silva, carinhosamente chamada de ‘vó Beloca’ é interpretada por Enzo Gabriel. A anciã é a Saraipora da festa e fica revoltada com a situação e vai rumo ao Prefeito e ao Padre na tentativa de salvar o seu Sairé. Pronto! A família toda se envolve na confusão.

Para piorar, Mariazinha, interpretada por Carine Ribeiro, se engraça por um marinheiro de fora e coloca a culpa no Boto. Enquanto isso, Justa, a mãe da menina e nora da vó Beloca, está de 9 meses e já começa a sentir as dores do parto. A história toda se passa na frente da Ilha do Amor, na beira do Rio Tapajós.

“Égua do Sairé Pai D’égua” é o segundo texto autoral da atriz e diretora Elizangila Dezincourt que se aventura a devanear sobre um importante acontecimento que ocorreu na década de 40, (ab)usando da licença poética, dando um desfecho pitoresco para a estória. Todos os personagens representam uma singela homenagem da autora para ilustres moradores da vila e seus familiares. Uma comédia para toda a família!

O Projeto foi contemplado pela Lei Federal nº 14.017/2020. A Lei Aldir Blanc foi criada para apoiar trabalhadores e trabalhadoras da cultura e à manutenção de territórios/espaços culturais com atividades interrompidas devido à pandemia do novo coronavírus.

Acessibilidade

Além da versão original, o espetáculo será lançado em uma versão com legenda em português e outra com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), para garantir a acessibilidade de todos os públicos. Quem faz a tradução para Libras é o professor Alexandre Lucena.

Sobre o Grupo

Com 20 anos de (r)existência, o grupo tem quatro espetáculos de acervo, duas oficinas de iniciação teatral e um curso livre de elaboração de projetos culturais nas linguagens de Teatro, Música e Dança (Lei SEMEAR e Rouanet), prestando assessoria na elaboração de Políticas Públicas para instituições culturais diversas e mentoria em diversas outras iniciativas dentro do metiê cultural.

Ao longo desses 20 anos, o grupo já foi contemplado com diversos prêmios nacionais, tais como Myriam Muniz de Teatro da FUNARTE (por três vezes), Bolsa de Pesquisa e Experimentação do IAP – Instituto de Artes do Pará, além de ser agraciado com diversos patrocínios incentivados para seus projetos culturais.

Elenco

Enzo Gabriel Aguiar (Vovó Beloca)
Belarmina dos Eleutério da Silva é uma senhora de 80 anos, firme, matriarca da família e Saraipora.

João Augusto (Dió)
Diorlando dos Eleutério da Silva, esposo de dona Justa, é catraieiro, pescador e músico do Espanta Cão. Nascido e criado na região, é caboclo de berço.

Jennifer Printes – (Dona Justa)
Justina Santa Maria dos Eleutério da Silva está grávida de nove meses. Ela é descendente direta de cearenses que chegaram na região fugindo da seca.

Carina Ribeiro (Mariazinha)
A doce e nada inocente Maria será interpretada por uma atriz estreante. Carine Ribeiro empresta seu rosto angelical para a moça ribeirinha que de boba não tem nada. Filha do casal, Maria Benvinda dos Eleutério da Silva nasceu em 08 de dezembro, dia de Imaculada Conceição de Maria.

Mateus Petry (Ambrozinho ou Zinho)
O caçula da família, Ambrózio dos Eleutério da Silva é um menino de nove anos que vende doces na Vila e na Praia. Ele nasceu em 07 de dezembro, dia de Santo Ambrósio.

Wendel Santos (Clóvis)
Clóvis é um marinheiro que veio do sul em missão. Ele se enamora pela mocinha da peça.

Mateus Petry (dona Quelé)
Dona Quelé é benzedeira de menino com quebranto, puxadeira e consertadeira de menino desmentido. Ela é a única parteira da vila. Filha de santo, tem também um terreiro em sua casa que recebe os devotos da religião.

Ascom/Olho D’água

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