Em Juruti, reabilitação de áreas mineradas contribui para geração de renda de agricultores

Retirada de mudas. (Foto: Oslan Silva)

Um método pioneiro desenvolvido pela Alcoa no município de Juruti, no Oeste do Pará, permite a restauração de áreas mineradas e contribui para o desenvolvimento social e econômico de comunidades rurais da região de Juruti Velho.

Desde 2011, quando o Programa de Reabilitação de Áreas Mineradas foi implantado na unidade, 1.244 hectares foram recuperados, o que equivale a uma área composta por 1.739 campos de futebol, com medidas oficiais, segundo os padrões atuais.

De acordo com a engenheira Florestal, Susiele Tavares, responsável pelo Programa, a tecnologia aplicada está na vanguarda do mercado mineral e agrega, ainda, um componente social com a participação das comunidades na produção, venda e plantio das mudas, com orientação e apoio da empresa.

“Esse é o diferencial do nosso Programa. Aqui estamos conectados com as comunidades. Eles conhecem as demandas de cada localidade, sabem que tipo de muda pode crescer em determinado local. É uma via de mão dupla: fazemos a nossa parte em relação à proteção e recuperação das áreas mineradas e a empresa ajuda os moradores a aumentarem a renda, com o plantio de mudas”, explica Susiele.

A agricultora Cleide Xavier, de 45 anos, moradora da comunidade Galileia, distante 90 km de Juruti, é mãe de oito filhos. Segundo ela, sua vida foi transformada nesses últimos quatro anos, período em que participa do Programa de Reabilitação de Áreas Mineradas.

“Parte da minha renda vem do replantio de áreas mineradas na Alcoa. É gratificante participar de tudo isso, porque é um aprendizado que a gente construiu e acaba repassando para outras pessoas que entram na equipe. Antes de entrar na Alcoa, eu já trabalhava com a terra. Sempre trabalhei com a agricultura familiar no plantio de macaxeira, abacaxi e outras coisas. Essa experiência pessoal me ajudou muito quando comecei a replantar árvores na Alcoa. A diferença mesmo é no carinho. Costumo tratar essas árvores como um bebê. As primeiras árvores que plantei, há quatro anos, já estão grandes, e hoje me sinto alegre, satisfeita com o trabalho. Todos nós precisávamos de um trabalho e a Alcoa tem nos ajudado. É prazeroso aprender, ainda mais para nós mulheres que não temos tantas oportunidades no mercado de trabalho. A vida melhorou muito tanto para mim, quanto para as outras pessoas que eu trabalho”, argumenta a agricultora.

Agricultora Cleide Xavier participa há 4 anos do Programa de Reabilitação de Áreas Mineradas da Alcoa. (Foto: Oslan Silva)

São os próprios agricultores que produzem as mudas e as plantam nas áreas pré-determinadas. São mudas de espécies de grande porte como Castanheiras, Maçarandubas, Pau D’ Arco, entre outras.

“Produzimos as mudas, tratamos e cuidamos delas até chegar a hora de plantar. É por isso que a gente tem respeito, carinho e cuidado, e luta para não as deixar morrer. Somos filhos e filhas de Juruti e temos um enorme prazer em contribuir para a recuperação das áreas mineradas”, relata a agricultora, que junto ao seu grupo de trabalho plantou, neste ano, 51.754 mil mudas, durante um período de três meses.

A engenheira Florestal Susiele Tavares explica que o método de nucleação desenvolvido pela empresa acelera o processo de formação natural do solo e busca deixar o ambiente o mais próximo do original, aproveitando solo orgânico, galhadas, troncos e raízes que são dispostos nas áreas a serem reflorestadas na forma de núcleos.

“O processo favorece a reabilitação de todo o sistema florestal, tornando-se um ambiente convidativo ao retorno dos animais e, consequentemente, do transporte de sementes para a área. As galhadas, troncos e raízes servem de poleiros e tocas para esses animais. Nesses locais foi observada a polinização das flores, árvores com frutos e ocupação de animais, inclusive de médio porte. Em áreas onde está sendo aplicada a nucleação, a cobertura vegetal é acima de 80% já no primeiro ano de implantação”, informa Susiele.

Comunitários integram ativamente o processo de recuperação de áreas. (Foto: Oslan Silva)

Fonte: Temple Comunicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *