MRN celebra 42 anos ampliando parcerias socioambientais

MRN 2015 (Foto: Tarso Sarraf)

Contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do oeste do Pará por meio da produção de bauxita e do incentivo a mais de 65 iniciativas socioambientais realizadas nesta região move a Mineração Rio do Norte (MRN) em seus 42 anos de operação, celebrados nesta sexta-feira (13), no distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná (PA).

“O pioneirismo que marcou a implantação da empresa soma-se aos aprendizados, aprimoramentos contínuos e investimentos para viabilizarmos uma operação sustentável, inovadora e parceira das mais de 50 comunidades tradicionais da região, para juntos, construirmos oportunidades que proporcionem melhor qualidade de vida na região”, declara Guido Germani, CEO da MRN.

Entre as iniciativas desenvolvidas na região está o Programa de Educação Socioambiental (PES), que atende às diretrizes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e da Política Nacional de Educação Ambiental. Em 2020, por exemplo, foram aportados cerca de R$ 3,4 milhões em ações integradas ao PES, como os projetos de Educação Ambiental e Patrimonial; Educação Ambiental; Apoio à Meliponicultura; Combate à Malária; Quilombo; Sistemas Agroflorestais; Apoio à Agricultura Familiar; Apoio à Piscicultura; Manejo de Copaíbas; Microssistemas e Poços Artesianos; Pé-de-Pincha; Quelônios do Rio Trombetas e Leme.

Paralelamente ao compromisso de responsabilidade social, a MRN desenvolveu diversas ações em parceria com o poder público, para suporte às comunidades locais: implantou dez microssistemas de água em quatro comunidades, apoiou a estruturação e o fortalecimento de associações comunitárias, ofereceu suporte técnico para tratativas relativas à titulação de terras de comunidades, apoiou na definição do plano de vida e constituição do Fundo Quilombola, o qual viabilizará a gestão dos recursos para garantia das condições de vida das gerações futuras. “Iniciativas como estas mostram o compromisso da empresa com o desenvolvimento socioeconômico juntamente aos nossos parceiros sociais, institucionais e governamentais da região”, destaca Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN.

Oportunidades de crescimento

Há 40 anos em Porto Trombetas, Luiz Arnaldo de Souza, gerente técnico da área de Infraestrutura, acompanha a evolução da MRN, abraçando oportunidades profissionais em diversos setores da empresa. Ele nasceu em Belém e, depois de concluir o curso Técnico de Mineração, inscreveu-se e foi selecionado como estagiário para trabalhar na mina Saracá. “Fiquei três meses como estagiário e depois fui contratado para a área de Controle de Qualidade, onde passei três anos. Depois fui convidado a trabalhar no porto como analista de Controle de Produção, onde passei mais 4 anos”, relata.

Entre os principais desafios profissionais na MRN, Luiz Arnaldo destaca as experiências de abertura e fechamento das minas do Papagaio, Almeidas, Bacaba e alguns marcos de produção e implantação, quando ele esteve na supervisão da Operação de Mina, onde passou mais de 25 anos. “Eu liderava 60 pessoas na abertura e fechamento das minas. Outros grandes desafios foram o marco da produção de 18 milhões de toneladas de bauxita e a implantação da infraestrutura de mina, que envolve processos de construção, implantação, manutenção, desenvolvimento e segurança operacional”, conta.

Natural de Santarém, Valdeli dos Santos Guimarães, 59, começou sua trajetória na MRN como telefonista, em 1991. Há 15 anos, ela trabalha como assistente administrativa na área de Tecnologia da Informação (TI) da empresa. “Meu pai morava e trabalhava em Porto Trombetas. Vim para ficar mais perto da minha família. Aos 24 anos, comecei a prestar serviços para uma loja e depois em uma empresa de telefonia. Em 91, fui admitida como telefonista na MRN, onde passei 15 anos e há 15 anos passei a trabalhar como assistente administrativa na área de TI”, conta Valdeli.

Para ela, sua trajetória na empresa traz muitos aprendizados, integração social e benefícios que contribuem para sua qualidade de vida. “Para quem vive na região, é um sonho trabalhar na MRN porque é uma empresa excelente para se trabalhar. Aqui é como uma segunda família para mim porque temos muita interação social e diálogo aberto. A empresa também dá muitas oportunidades de conhecimento, mudança de área, treinamentos e cursos. Eu me identifico muito com o que faço e abraço as oportunidades que recebo na empresa”, afirma.

Respeito ao meio ambiente

Pioneira no desenvolvimento de técnicas de restauração de áreas mineradas no interior da Floresta Nacional (Flona) de Sacará-Taquera, a MRN aprimora ao longo destes 42 anos estas metodologias de recuperação, a partir de pesquisas científicas e da própria observação dos técnicos em campo. Dos 441.282,63 hectares da Flona, a empresa utiliza para sua operação apenas 4,24%, sendo que boa parte desta área já está em processo de reflorestamento.

Em 2020, a empresa cumpriu a meta de reflorestar uma área de 519 hectares, acima da média anual, que gira em torno de 350 a 400 hectares. Para este trabalho recorde em reflorestamento foram utilizadas 537.352 mudas de 64 espécies nativas, produzidas no viveiro florestal da empresa, e outros 3.837 quilos de sementes nativas, adquiridos junto a comunitários quilombolas e ribeirinhos da região, gerando renda local. Neste mesmo ano, a empresa também produziu mais de 700 mil mudas de 80 espécies vegetais nativas. Paralelamente, a empresa desenvolve uma série de iniciativas voltadas para o monitoramento do ar, da água, o resgate da flora e fauna, a gestão de resíduos, entre outras.

Uma empresa mais plural, diversa e inclusiva

O desenvolvimento e a integração das pessoas que fazem a MRN é um dos pilares da empresa, que nestes mais de 40 anos realiza investimentos contínuos em treinamentos, na aquisição de novos talentos por meio de programas como Jovem Aprendiz e Trainee e de profissionais experientes. Diante dos desafios da pandemia, a empresa adaptou-se a uma nova realidade, reforçando a estruturação de suas ações. Foram realizadas iniciativas para manter o engajamento na continuidade do desenvolvimento operacional em campo por meio da metodologia GPTW (Great Place to Work). Foram realizadas 4.227 participações em treinamentos corporativos e operacionais, totalizando mais de 53.000 horas de treinamentos.

No caminho de aprimoramento da cultura organizacional, Diversidade & Inclusão tornou-se um tema estratégico para a empresa, segundo Carina Coelho, especialista de Controles Internos e líder do programa MRN pra Todos. “É um pilar indispensável na construção de um ambiente cada vez mais inclusivo e que propicie um novo olhar para o que é diferente, um novo olhar para o outro”, assinala.

O MRN pra Todos vem consolidando o tema na empresa considerando eixos que a diversidade possibilita trabalhar como gerações, gênero, sexualidade, raça e etnia e pessoas com deficiência. Implantado em março de 2021, o programa de Diversidade e Inclusão (D&I) segue as etapas de diagnóstico, censo de D&I, ciclo de capacitações, estruturação da governança e planejamento estratégico do programa, com o suporte técnico de uma consultoria especializada no tema. “Ainda estamos no início desta jornada, mas temos algumas conquistas importantes, que vão desde mudança do formato de divulgação de vagas, considerando ambos os gêneros nos comunicados, até a introdução do tema de assédio, preconceito e discriminação nos Diálogos Diários de Segurança, reflexo do pós-lançamento da cartilha sobre o tema. Também houve maior engajamento dos gestores da empresa nos processos de recrutamento e seleção”, relata Carina Coelho.

Para a líder do MRN pra Todos, promover um ambiente inclusivo é também romper com as barreiras do preconceito e proporcionar um espaço em que as diferenças são valorizadas. “Acredito que investir em diversidade de forma genuína como a empresa está fazendo pode transformar a vida das pessoas porque cada pessoa traz consigo uma bagagem de conhecimento, que pode ser aplicado em diferentes processos e áreas. Logo, essa transformação também traz consigo um enorme potencial criativo para o negócio”, finaliza.

Relacionamento com as comunidades

Projetos sociais em áreas como educação, saúde e infraestrutura, viabilizados pela MRN, beneficiam comunidades como do Boa Vista, onde vive Deni Mara Pereira, associada da Cooperboa, que é prestadora de serviço para a empresa. Sua filha, Rebeca Pereira, 13 anos, é bolsista há quatro anos no Colégio Equipe. “Eu vejo como uma boa iniciativa da MRN essa oportunidade da minha filha estudar em um colégio particular, onde recebe uma educação de qualidade, todo o material didático, o transporte e a alimentação. Só tenho a agradecer por essa parceria social com a empresa”, declara Deni Mara.

Outras iniciativas proporcionadas pela empresa são o financiamento do plano de saúde para os associados da Cooperboa durante o período mais crítico da pandemia, a implantação de geradores de energia e combustível para a manutenção destes equipamentos. “O plano de saúde financiado pela MRN ajuda bastante no atendimento de saúde para os cooperados e seus dependentes. E os geradores fornecem energia para toda a comunidade, que tem, em torno, de 500 famílias”, completa a associada da Cooperboa.

Clemerson Durão, 14 anos, da comunidade Boa Vista, está participando das aulas de violino no projeto Orquestra Maré do Amanhã, iniciativa social da MRN em parceria com esta orquestra e o colégio Equipe. O projeto oferece aulas gratuitas de viola e violino para mais de 60 crianças e adolescentes de Porto Trombetas e da comunidade do Boa Vista.

Para o pai dele, o mecânico Cledinaldo Durão, a iniciativa está incentivando e despertando a curiosidade do filho a conhecer mais sobre música instrumental. “Eu vejo o entusiasmo do meu filho, que tem mostrado em casa e para os amigos os conhecimentos que ele está aprendendo com violino. Projetos sociais como esse são importantes porque ocupam os jovens com aprendizados que podem ajudar na formação deles”, declara Cledinaldo.

A Associação das Comunidades do Trombetas e Área da Gleba Sapucuá (ACOMTAGs) mantém relacionamento com a MRN desde 1999. Segundo Emerson Carvalho, diretor jurídico da associação, a empresa contribuiu de forma importante no processo de titulação de terras dos comunitários associados. “Temos convivência com a MRN desde 1999 na comunidade de Aimim. A partir daí, que iniciamos a criação da ACOMTAGs. No campo da reforma agrária, a Mineração teve papel fundamental com apoio financeiro para auxiliar a demarcação e titulação das terras em 2010, quando nossos associados receberam o título coletivo de concessão do direito real de uso, beneficiando 29 comunidades ribeirinhas. Atualmente, também estamos fazendo a limpeza do pico da área coletiva de mais de 100 quilômetros da ACOMTAGs com o apoio da MRN”, relata Carvalho.

A empresa também está realizando um estudo socioterritorial em parceria com a ACOMTAGs nas comunidades do Lago Maria Pixi, que ficam próximas do platô Aramã. “Fizemos o estudo socioterritorial durante 10 dias nas comunidades com o objetivo de fazer o reconhecimento das populações tradicionais e para termos dimensão das bacias hidrográficas, da área onde está localizado o assentamento e da relação destas comunidades com o platô Aramã. Esperamos que essa parceria também continue nos próximos anos com a MRN, que tem apoiado nossas atividades com diálogo e transparência”, assinala o diretor jurídico da associação.

Ações de enfrentamento à Covid-19

Para minimizar os impactos da Covid-19 para os empregados, familiares e comunidades, por meio de seu Comitê de Crise, a MRN exerceu a sua responsabilidade social e investiu recursos e esforços no combate à pandemia. Foram cerca de R$ 10 milhões investidos na proteção de comunidades quilombolas, ribeirinhas e municípios do entorno da MRN.
Integrada e alinhada ao Grupo de Trabalho para o Enfrentamento à Covid-19 “Pela Vida no Trombetas”, formado pelo Ministério Público, Universidade Federal Fluminense – UFF, associações quilombolas, ribeirinhas e indígenas, gestão municipal de Oriximiná, entre outras instituições, a empresa desenvolveu uma série de ações de combate à pandemia como a ampliação do atendimento de saúde básica e medicina preventiva, por meio do Projeto Quilombo, beneficiando milhares de pessoas de 25 comunidades quilombolas e ribeirinhas.

Também investiu na compra de equipamentos hospitalares, mobiliários, medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual, testes rápidos, materiais de limpeza e higiene para hospitais de Oriximiná, Santarém, Terra Santa, Faro, Óbidos e Alenquer. Distribuiu, de março a dezembro de 2020, 19 mil cestas básicas para 27 comunidades e 3 mil para a Prefeitura de Santarém e doou R$ 39 mil em 2020 e R$ 45.500 em 2021 para incentivar a geração de renda de microempreendedores quilombolas de Oriximiná com a produção de máscaras de tecido para a proteção individual de comunitários.

Diálogo transparente – Para o professor e antropólogo Marcelino Conti, da Universidade Federal Fluminense (UFF), campus Oriximiná, a gestão da MRN tem buscado olhar para a mesma direção que a comunidade, estabelecendo uma escuta ativa e proporcionando abertura para dialogar com as demais instituições e pesquisadores da região. “Percebo que hoje a MRN sabe que a sustentabilidade está diametralmente proporcional à intensidade com que estabelece essas relações, para além das obrigações legais. Nesse cenário, tenho tido a oportunidade como pesquisador da UFF de dialogar com a equipe da MRN”, assinala.

Entre as recentes iniciativas positivas de parceria institucional com diálogo participativo e transparente está o grupo “Pela Vida no Trombetas”, criado para buscar soluções para o enfrentamento da Covid-19 na região. O grupo foi composto por representantes do Ministério Público do Estado do Pará, Universidade Federal Fluminense, Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná, Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Alto Trombetas II, Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Boa Vista, Associação dos Moradores da Comunidade Remanescente de Quilombo de Cachoeira Porteira, Associação das Comunidades da Gleba Trombetas e Gleba Sapucuá, Associação Mãe Domingas, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e Mineração Rio do Norte.

Referência nacional em produção sustentável e responsável

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Flávio Penido, comenta que o IBRAM e as mineradoras associadas estão à frente de um dos maiores desafios setoriais na história da mineração do Brasil, que é o de promover uma ampla transformação em todos os processos produtivos, de modo a tornar a mineração ainda mais sustentável e responsável com todos à sua volta. Para atingir este objetivo, é preciso comprometimento com este esforço, evidenciar e seguir bons exemplos de sucesso corporativo: “A Mineração Rio do Norte é um desses exemplos. Aos 42 anos, ela segue como referência em produção nacional de minérios; em responsabilidade social; em cuidados com o meio ambiente; em geração direta e indireta de empregos de qualidade e de renda; em atenção às comunidades e às suas demandas e, assim, se consolida como uma das principais promotoras da qualidade de vida das pessoas onde atua”, declara.

O diretor-presidente do IBRAM destaca ainda que a MRN, maior produtora e exportadora de bauxita do Brasil, exerce a mineração que o Instituto entende ser a mais adequada à realidade e ao futuro do país. “Seu resultado vai além das toneladas movimentadas ou das receitas obtidas. Seu maior feito é ser reconhecida como uma verdadeira parceira do desenvolvimento socioeconômico da sociedade, um desempenho que deve ser perseguido por todas as empresas do setor mineral, onde quer que atuem”, completa Penido.

Nestes mais de 40 anos de trajetória, a MRN é indutora do desenvolvimento da região Oeste do Pará, segundo José Conrado Santos, presidente do Sistema Fiepa. “Não só pelo viés econômico, com a movimentação da economia, mas também pelo lado social, com a geração de empregos e projetos voltados para atender as vocações das comunidades locais. Ela é um belo exemplo de como a mineração contribui positivamente para as regiões onde está presente”, conclui o presidente do Sistema Fiepa.

Fonte: Temple Comunicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *