‘Ele nega todos os fatos’, diz delegado sobre preso por desaparecimento no AM; suspeito passa por audiência de custódia

Amarildo da Costa de Oliveira, de alcunha “Pelado”, suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips preso pela Polícia Militar, no Amazonas, negou qualquer relação com o sumiço dos dois homens, afirmou o delegado titular da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), Alex Perez.

“A única situação que ele acompanhou foi quando a embarcação que Bruno e Dom Philips estavam conduzindo passou em frente a sua comunidade. [Ele fez] contato visual apenas”, afirma o investigador.

A PM fez buscas na residência de Amarildo em função de denúncias anônimas sobre uma suposta participação. “Chegando na residência dele, encontraram munição de uso restrito, além de chumbinhos e uma substância entorpecente”, relata Timóteo.

Segundo a polícia, ele foi preso por posse de munição de uso restrito e permitido. Com ele, foram apreendidos chumbinhos.

O delegado diz ainda que vão ouvir “mais duas ou três pessoas” ainda nesta quarta-feira (8).

De acordo com Perez, a Polícia Civil do Amazonas instaurou um inquérito policial para investigar o caso.

Até a noite dessa terça-feira (7), cinco pessoas foram ouvidas pelas autoridades policiais, sendo quatro como testemunhas e uma na condição de suspeito.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) ainda não divulgou os nomes das pessoas ouvidas. Fontes em Atalaia do Norte, cidade onde os dois desapareceram, afirmam que o suspeito ouvido pela polícia é Amauri.

O caso
Bruno e Phillips tinham sido vistos pela última vez quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo. No local, eles conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de ‘Churrasco’. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino. A previsão era que eles chegassem ainda no domingo entre 8h e 9h.

“Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas”, diz o texto divulgado pela Univaja, na segunda-feira.

Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

Ainda no domingo, a Univaja começou as buscas. Sem obter sucesso, na segunda-feira, a organização indígena acionou as autoridades e divulgou nota à imprensa.

As informações são do G1

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