Homem negro é espancado até a morte por seguranças de supermercado

Dois seguranças brancos espancaram um homem negro em um supermercado de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite dessa quinta-feira, 19. As agressões que levaram a vítima à morte aconteceram no estacionamento do supermercado na zona norte da cidade.

De acordo com o jornal Zero Hora, a vítima é João Alberto Silveira Freitas, conhecido como Beto, de 40 anos.

Segundo informações preliminares da Brigada Militar, a vítima teria ameaçado de agressão uma funcionária do supermercado. Então, os dois seguranças, em vez de denunciá-lo por ameaça, teriam levado João Alberto ao estacionamento, espancando-o.

Duas pessoas foram detidas. A Polícia Civil trata o crime como homicídio qualificado.

Indignação

A morte de João Alberto gerou reação nas redes sociais. Movimentos negros de Porto Alegre estão organizando uma manifestação para esta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, pedindo justiça e protestando contra o racismo e a violência a pessoas negras.

Internautas inundaram os perfis oficiais do Carrefour nas redes sociais. “Nada justifica duas pessoas espancarem até a morte uma outra. Revoltante”, escreveu uma mulher. “‘Promoção do dia’ Um negro morto na semana da consciência. Explica isso”, pediu outra.

Nota do supermercado

O Carrefour divulgou nota na madrugada desta sexta-feira, 20.

“Sobre a brutal morte do senhor João Alberto Silveira Freitas na loja em Porto Alegre, no bairro Passo D’Areia: O Carrefour informa que entrará com uma queixa-crime contra os responsáveis. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família para dar o suporte necessário.

O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente.

Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.”

Fonte: O Liberal

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