Com o objetivo de conter o avanço da Covid-19 em 14 municípios da região Oeste, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), já realizou 220 transferências de pacientes entre os dias 18 de janeiro e 24 de fevereiro. Além disso, providenciou insumos, como 500 cilindros de oxigênio e 287.751 equipamentos de proteção individual (EPIs).
Desse total de remoções, 206 ocorreram por via aérea e 14 por via fluvial. Todas foram realizadas exclusivamente pela Central de Regulação da Sespa e partiram de municípios do extremo Oeste, como Faro, Terra Santa, Oriximiná e Aveiro para o Hospital 9 de Abril na Providência de Deus, em Juruti, e para os hospitais públicos regionais do Baixo Amazonas, em Santarém, e do Tapajós, em Itaituba.
De forma simultânea às transferências, a Sespa mantém a articulação constante com as secretarias municipais de Saúde, orientando e auxiliando sobre como continuar agindo para conter a crise provocada pela segunda onda de contágio pelo novo coronavírus. As medidas tomadas e as transferências realizadas pelo governo estadual são estratégias para evitar um colapso no sistema de saúde dos municípios mais próximos ao estado do Amazonas.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Rômulo Rodovalho, vem sendo garantida rápida assistência a pacientes mais graves, que são removidos de acordo com as possibilidades climáticas da região. “O governo do Estado, por meio da Sespa, continua fazendo o monitoramento diário da região, levando suporte aos municípios e atendendo à necessidade de insumos e de remoções, até que a situação se estabilize”, informa o titular da Sespa.
Hospital de Campanha – O governo entregou na quinta-feira (18) o Hospital de Campanha de Santarém. A unidade, montada na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas, tem 60 leitos clínicos, sete enfermarias – cada uma com sete leitos -; uma enfermaria com 16 leitos; uma sala de estabilização, com quatro leitos; posto de enfermagem; farmácia; almoxarifado; estar médico e de enfermagem; uma sala do Núcleo Interno de Regulação; necrotério; sala de paramentação; refeitório; cozinha; administrativo; vestiários femininos e masculinos; descanso equipe; faturamento; departamento pessoal; expurgo; psicossocial e resíduos.
A medida deve desafogar a procura por leitos clínicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Regional do Baixo Amazonas, contribuindo para estabilizar o sistema de saúde da região.
Fonte: Agência Pará