A Marinha do Brasil informou nesta terça-feira (12), por meio de nota oficia, que, após ser comunicada do desaparecimento da embarcação B/M ‘Bom Jesus’, de transporte de cargas e passageiros, que saiu da cidade de Santarém, no oeste do Pará, com destino ao município de Chaves, na região do Marajó, acionou o Plano de Busca e Salvamento e imediatamente encaminhou para o local do sumiço do barco, um navio da Capitania dos Portos do Amapá (CPAP), para iniciar as buscas.
O barco ‘Bom Jesus’ saiu de Santarém no dia 24 de março transportando uma carga de origem e destino ainda não revelados. A embarcação teria sido fretada para realizar o transporte desse produto sob escolta de um sargento da reserva da Polícia Militar, que está entre os desaparecidos.
O sargento Valdeney Dolzanes Reis foi um dos últimos passageiros a compartilhar vídeos nas redes sociais mostrando os últimos momentos da embarcação antes dela desaparecer.
Além dele, estavam na embarcação Leilane Carla Ferreira (cozinheira), Cristiano de Azevedo Figueira (marinheiro), Antônio Oliveira dos Santos (maquinista mecânico), um homem identificado apenas por ‘Negão’ (maquinista) e Joelson da Silva Costa, o suposto responsável pela carga e contratante da embarcação para o frete.
Conforme informou este Portal, o BM ‘Bom Jesus’ possui registro na Marinha do Brasil, e está inscrita na atividade de transporte de passageiros, possuindo uma arqueação bruta (AB), maior que 20 metros. Pelas normas de segurança naval, a viagem deveria ter sido comunicada à autoridade marítima, porém, nenhum responsável apareceu para fazer o despacho de cargas e passageiros.
O primeiro contato do desaparecimento da embarcação foi feito na última segunda-feira (11), por familiares de passageiros à Capitania Fluvial de Santarém. Também foi feito comunicado por telefone à autoridade marítima.
A Capitania dos Portos do Amapá está à frente do caso, pois a embarcação desapareceu sob sua jurisprudência. Um inquérito administrativo será instaurado para apurar as circunstâncias e responsabilidades.
Para a Marinha, tanto a embarcação quanto os passageiros continuam na condição de desaparecidos.