Neste mês, em que se comemora o Meio Ambiente, diversas iniciativas estão sendo realizadas para sensibilizar as pessoas para a proteção da natureza. Em Oriximiná, no oeste do Pará, a Mineração Rio do Norte vem dando um bom exemplo desse cuidado com as ações do Projeto de Educação Ambiental (PEA). Com o suporte técnico de consultoria, a empresa está realizando oficinas educativas nas comunidades quilombolas dos territórios Boa Vista, Alto Trombetas I e II, e localidades ribeirinhas na região do lago Sapucuá e lago Batata, além do distrito de Porto Trombetas. O objetivo dos encontros é propagar orientações sobre a “Conservação da fauna e animais silvestres” e do “Lixo e seus impactos”.
“No total, o projeto contempla 27 comunidades, entre quilombolas e ribeirinhas, em sete territórios diferentes na região. É por meio das oficinas que o PEA sensibiliza quanto ao meio ambiente, com uso de recursos didáticos e orientações de especialistas”, afirma Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da empresa e coordenadora do PEA, que integra o Programa de Educação Socioambiental (PES).
O projeto abrange jovens e adultos e a expectativa é de beneficiar mais de 600 pessoas com as aulas e oficinas. O método de ensino envolve o conhecimento técnico científico e o conhecimento tradicional, a partir de dinâmicas e perguntas sobre os temas, e com auxílio de cartilha e panfletos sobre os “Cuidados com os Animais Silvestres”.
“Com a cartilha, nosso objetivo é disseminar a educação ambiental, dialogando e entregando para os comunitários um material de ótima qualidade, bem didático, com linguagem acessível e que sirva sempre de consulta para esclarecer as dúvidas que surgirem”, Stella Malcher, bióloga e consultora do PEA.
Por meio de exposição dialogada com os comunitários, diversas dúvidas e questionamentos podem ser respondidos, sobre os tipos de animais silvestres da região; quais são os biomas existentes no Brasil e quais animais ameaçados de extinção no país; cuidados e formas de evitar acidentes com os animais; quais possíveis doenças podem ser transmitidas por eles e quais medidas tomar para evitá-las, e as maiores ameaças, como: caça, poluição, atropelamentos, entre outros.
“Aprendi muito sobre os cuidados com animais e as leis de defesa que protegem eles, assim como entendi que é crime maltratar e caçar de qualquer forma. É importante saber que a natureza tem um fluxo, e que devemos preservar os animais para não ter extinção, pois havendo extinção a natureza entra em desequilíbrio, e os animais são fundamentais para o meio ambiente”, comenta Edinara de Souza Régis, da comunidade Último Quilombo.
Com um folder educativo, será trabalhada a temática do “Lixo e seus impactos”, nas próximas semanas. O material destaca os principais impactos pelo descarte incorreto, como contaminações, degradação de paisagens e doenças, e como reduzir estes impactos. “Focamos nas orientações sobre separação dos tipos de resíduos, como fazer o descarte correto para ser reutilizado e/ou servir para compostagem, no caso do resíduo orgânico. Além disso, fazemos a orientação para evitar o descarte de lixo a céu aberto, pois estes locais servem de alimentação e reprodução de animais que transmitem graves doenças, tornando-se um risco para a saúde dos comunitários”, explica Stella.
O PEA também dedica atenção especial às crianças, trabalhando as atividades por meio de quiz e jogo de memória, e demais recursos didáticos para as ações de sensibilização, ampliando, ainda mais, a grade de conhecimento ambiental das comunidades alinhada aos seus saberes tradicionais.
Fonte: MRN