O Carnaval deste ano será celebrado, oficialmente, somente no dia 21 de fevereiro. No entanto, desde o início do mês, a movimentação dos tradicionais blocos de rua e a realização de festas relacionadas ao tema têm sido cada vez mais frequentes em várias partes do estado, e a Polícia Civil faz um alerta sobre cuidados importantes para esse período.
“Agora, neste período de Carnaval, existem crimes que ocorrem com maior frequência e que chegam como demanda para a Delegacia da Mulher, principalmente aqueles relacionados a crimes sexuais, como a importunação sexual e o estupro e estupro de vulnerável”, explica a Delegada Ana Paula Chaves, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), da Polícia Civil.
Para Ana Paula, a orientação de forma antecipada é importante para que a vítima saiba identificar pelo que passou e procurar ajuda o mais rápido possível para receber o atendimento adequado, encaminhada para perícias que, em alguns casos, precisam ser realizadas imediatamente para que tenham maior efetividade, além de outros cuidados.
Em todos os casos, o ponto em comum é que eles são praticados sem o consentimento da vítima. Na importunação sexual, o ato é caracterizado por toques e outros comportamentos praticados pelo agente, contra a vontade da vítima, para autossatisfação sexual. O crime de estupro também é um ato libidinoso cometido pelo agressor com uso de força ou grave ameaça à vida da vítima. Já no estupro de vulnerável, a vítima não tem a capacidade cognitiva de consentir para aquele ato e o abusador se aproveita da situação.
De acordo com a delegada Ana Paula, uma forma de prevenção é sair com pessoas conhecidas e comunicar eventos posteriores e se for vítima ou presenciar um desses crimes, “procurar a Delegacia da Mulher ou qualquer outra delegacia para denunciar o caso e ser direcionada para o atendimento adequado”, alerta a delegada.
Ainda sobre a presença da Polícia Civil no Carnaval, o delegado-geral Walter Resende frisa que “as unidades estão preparadas para atender esse tipo de crime, com escuta especializada e outros serviços de acolhimento às vítimas. Nosso objetivo é garantir um carnaval seguro tanto na capital quanto no interior”, diz Walter Resende.
Fonte: Agência Pará