O jornalista, publicitário e ilustrador, Sérgio Bastos, lança nesta quinta-feira (9), o livro de aquarelas “Belém Tem Disso”, uma coletânea de 66 ilustrações de cenas de Belém que ele presenciou, fotografou (na máquina ou na mente) e depois desenhou. As pinturas são crônicas ilustradas sobre a cidade com o olhar de um morador comum, além de retratar as desigualdades urbanas e sociais amazônicas. O lançamento será na Editora Paka-Tatu, localizada na Rua Bernal do Couto, 785, no bairro do Umarizal, em Belém, das 17h30 às 21h30.
O livro é editado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará, com recursos de emenda n.3796008/2020 do parlamentar de autoria de senador Paulo Rocha (PT/PA). A ideia de desenhar o cotidiano de Belém começou quando o Sérgio foi convidado para ilustrar a campanha de lançamento do programa “É do Pará”, da TV Liberal. Daí veio a motivação para que ele continuasse desenhando e a ideia virou uma coluna semanal no jornal O Liberal. Depois o projeto chegou na internet.
Durante dois anos, os desenhos sobre Belém ganharam animação e viraram uma série de 36 episódios veiculados pela TV Cultura do Pará. Entre a coluna no jornal, a TV Cultura e a rede mundial de computadores se passaram mais de 12 anos que renderam cerca de 400 desenhos. E agora, uma coletânea deles se transformou no livro “Belém Tem Disso”.“Este livro não é apenas uma coletânea de obras, produzidas já faz uma porção de anos, mas o reconhecimento de um artista dedicado a retratar, com o colorido tropical de Belém, as coisas e personagens que compõem, enfim, nossa história, tradição e cultura”, assinala o jornalista Nélio Palheta, na apresentação do livro.
Sérgio Bastos começou a pintar aos 45 anos, em 2002. No ano seguinte, fez a sua primeira exposição individual, voltada a placas de propaganda popular. Ainda em 2003, expôs pinturas e desenhos tendo o açaí como tema, e participou de duas exposições coletivas. Ilustrou também dois livros infantis, “Aranha para os mais Íntimos” e “A festa no espaço”, de Linda Ribeiro.Tem obras em coleções particulares e nos acervos da Elf Galeria, galeria de arte do Centro Cultural Brasil – Estados Unidos; galeria do Laboratório da Beneficência Portuguesa em Belém e na OAB-PA.
Desde criança apaixonado pelo desenho, antes de enveredar pela pintura Sérgio foi ilustrador em jornais diários desde os anos 1970. Começou no extinto jornal Estado do Pará, em 1976. Em seguida, trabalhou por quase uma década no O Liberal. Quando deixou o jornalismo, aos 29 anos, tornou-se diretor de arte na Griffo Comunicação e em agências de propaganda em Recife, Fortaleza, São Luís e São Paulo.