Execução no residencial Salvação: Juiz decreta preventiva e determina transferência de sargento suspeito para presídio militar em Americano

O sargento da Polícia Militar, Elcinei Fonseca Ferreira, teve a prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (23), pelo juiz Gabriel Veloso de Araújo, da 3ª Vara Criminal de Santarém, e será transferido para o presídio militar Anastácio das Neves, em Americano, no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará. A decisão ocorreu durante a audiência de custódia realizada hoje. O militar foi preso suspeito de envolvimento na morte de José Luiz Oliveira da Silva, 39 anos, executado com 15 tiros na noite de quarta-feira (22), no bairro Salvação, em Santarém, oeste do Pará. As informações são do Portal OESTADONET.

O sargento é lotado no Batalhão da Polícia Militar de Rurópolis e foi preso após a morte de José Luiz, na noite de ontem, quando um carro branco com pelo menos três ocupantes chegou ao local onde estava a vítima e efetuou 15 disparos, todos na região da cabeça. A vítima morreu no local. Há suspeita de envolvimento de outros militares no crime e que, possivelmente, sejam membros de uma milícia, que atua na região. O irmão de José Luiz foi morto com as mesmas características no início deste ano, em Altamira, no sudoeste do Pará.

Elcinei Fonseca Ferreira foi preso em flagrante por uma equipe da Polícia Militar de Santarém. A arma dele foi apreendida e encaminhada para perícia. As cápsulas das balas encontradas no local do crime são todas de armas de uso exclusivo das forças de segurança.

“Analisando o caso verifico que não se trata de caso de aplicação de medidas acautelatórias nem de concessão de liberdade provisória, eis que presentes os requisitos para decretação da prisão preventiva conforme passo a demonstrar” decidiu o juiz.

Gabriel Araújo destacou: “Na espécie a prova de existência dos crimes está evidenciada através dos depoimentos prestados perante a autoridade policial, bem como através do oficio solicitando o levantamento de local do crime com cadáver e a oficio formulado pela autoridade policial para fazer a necropsia no corpo da vítima”.

Para manter a prisão do sargento, o juiz entendeu estarem demonstradas as hipóteses da prisão preventiva. “Por outro lado, verifico que o acusado foi preso em decorrência de investigações policiais e a autoria do delito somente poderá ser confirmada em Juízo com as oitivas das testemunhas arroladas eventualmente no Flagrante e no futuro inquérito policial, e, isso torna-se concreto a possibilidade de tentativa de manipulação dos fatos pelo acusado. Ademais, verifico que sendo o acusado policial militar do estado do Pará, detentor, ao menos em tese, de ter acesso as provas e testemunhas com maior facilidade”.

Fonte: Portal OESTADONET

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