A vereador Bia Caminha, do Partido dos Trabalhadores (PT), da Câmara de Vereadores de Belém, sofreu uma nova ameaça de estupro. Nesta quinta-feira (12), em suas redes sociais, a parlamentar compartilhou que recebeu um e-mail com conteúdo criminoso assinado por uma pessoa identificada como Anderson Rocha Ludovico de Meneses.
No campo destinado ao ‘assunto da mensagem’, o homem escreveu a seguinte frase: “Eu desejo que mais mulheres sejam estupradas”. O autor da ameaça diz que defende o Hamas e que gostaria de ver a ideologia do grupo terrorista instalada no Brasil para “expurgar o mal que aflige nosso país”.
O criminoso dispara ofensas e ameaças às mulheres, negros nordestinos e homossexuais. “Que todas as mulheres, negros, nordestinos e homossexuais sejam degolados e mortos. Que mais mulheres sejam estupradas e mortas, preferencialmente em frente aos seus filhos, maridos, conhecidos e familiares, a fim de que se tornem exemplos de purificação”.
Bia Caminha escreveu na sua página no Instagram que já está exausta de ‘parar de estudar, trabalhar, cozinhar e fazer seja lá o que for para acionar órgãos, governos, instituições, o meu partido, e ver a inércia de todos estes diante desse atentado à democracia, que eu e outras parlamentares feministas, negras e LBTs vem sofrendo’.
Não é a primeira vez que a vereadora é alvo desse tipo de ameaça. Ela também criticou a lentidão dos órgãos de segurança na apuração das denúncias. “Cansada de ser ameaçada constantemente e saber que não posso contar com ninguém além de mim mesma, dos meus companheiros do MPJ e com a minha família. Cansada de observar o silêncio e a inércia de todas as pessoas que votei e apoiei nos últimos anos. Cansada de fingir que tá tudo bem”, escreveu Bia.
Em abril deste ano, ela recebeu uma ameaça de morte. No início do mês de setembro, a parlamentar registrou um boletim de ocorrência denunciando uma ameaça de estupro corretivo. O caso está sob investigação.
Em relação à ameaça de morte, um inquérito instaurado pela Polícia Federal está parado a meses, sem uma solução.
A vereadora disse que irá novamente registrar uma BO na Polícia Civil e pedir uma nova apuração pela PF em relação à ameaça, já que envolveu outras parlamentares de Minas Gerais.