Comunidades do município de Oriximiná, na região Oeste do Pará, participaram de seminários orientativos de socialização e exercício de simulado para situações de emergência em barragens de mineração. A ação faz parte do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da Mineração Rio do Norte (MRN), e reforça o compromisso com a segurança nas operações e proteção das comunidades e empregados.
Durante as atividades realizadas na comunidade Quilombola Boa Vista, e na mina Saracá, foram compartilhadas informações sobre o funcionamento das barragens e reservatórios da empresa, sistema de monitoramento, processo produtivo da bauxita, características do rejeito, estudos para identificação de áreas de risco, as chamadas Zonas de Autossalvamento (ZAS) e legislação vigente.
Rosilda dos Santos Clemente, de 50 anos, moradora da comunidade Boa Vista, participou da programação. Ela destacou a iniciativa como uma forma de esclarecer a população sobre a segurança das barragens e a presença da empresa na região. “A gente teve o entendimento do que realmente é (o simulado) e isso tirou o medo das barragens. Tem pessoas aqui que são leigas e essas palestras são importantes. É mais do que justo esclarecer para o povo o papel da mineradora”, comentou.
O gerente de Geotecnia da MRN, Alexandre Schuler, enfatizou a importância de transmitir informações de forma acessível para que as comunidades compreendam a relevância da segurança e controle de barragens. “Quando a gente fala em barragem, tem a tendência a remeter a coisas ruins, mas no fim das contas, nós temos uma operação muito bem controlada com uma excelente base de conhecimento baseada em monitoramento, inspeções e ensaios. Trazer isso para a comunidade é importante para entender o que fazemos e que o comunitário ou empregado deve fazer em uma eventual emergência”, declarou.
O simulado contou com a participação da Defesa Civil do município de Oriximiná, 4º Grupamento de Bombeiro Militar de Santarém, Consultoria TPF e equipes de Barragens, Relações Comunitárias e Comunicação da MRN. José Paulo Paixão, coordenador da Defesa Civil, ressaltou a colaboração entre as instituições de fiscalização federal, estadual e municipal, juntamente com a MRN, para orientar as comunidades sobre como agir em situação real de risco.
“Atuamos em parceria com palestras e simulados junto às comunidades, que são orientadas em caso de emergência de barragens, com apresentação de rotas de fugas e pontos de encontro. Hoje em dia, com essa parceria junto à MRN, reforçamos aos moradores que em alguns casos não há necessidade de sair de suas casas porque pelos estudos de uma ruptura hipotética o rejeito não tem chance de chegar até suas residências”, ressaltou.
A analista de Relações Comunitárias da MRN, Elessandra Correa, enfatizou a relevância das iniciativas do PAEBM junto à comunidade. Ela destacou que esse é um momento de diálogo propício para compartilhar informações sobre as barragens de mineração, apresentando todos os dispositivos de segurança empregados pela empresa. “Essa iniciativa, sem dúvida, deixa uma tranquilidade maior para os comunitários que vivem próximos da MRN. Construímos uma relação de confiança com os moradores locais e reforçamos a nosso compromisso com a segurança de todos”, ressaltou.
Informação em prol da segurança
A MRN disponibiliza uma cartilha sobre Barragens e Reservatórios de Rejeito, explicando a função dessas estruturas e as tecnologias utilizadas para monitoramento 24h por dia. Além disso, todos os dados coletados durante o monitoramento são analisados constantemente por uma empresa contratada para Engenharia de Registros, conforme as resoluções ANM nº 95/2022 e 130/2023 e princípios do GISTM (Padrão Global da Indústria sobre a Gestão de Rejeitos).
O PAEBM, como documento técnico, detalha as ações em potenciais emergências, incluindo estudos de simulação de rupturas dos reservatórios e barragens da MRN, além de definir as Zonas de Autossalvamento. Essas áreas indicam locais para evacuação imediata em caso de emergência, seguindo as orientações da Gerência de Barragens e Defesa Civil e auditoria externa.
Fonte: MRN