Por Uemerson Florencio*
Senhores Pais, o ambiente escolar é um local destinado para o depósito de filhos ou um investimento nas vidas geradas por vocês? A forma como você enxerga a educação determinará o tipo de relação que terá com este espaço. Se é um depósito, você não quer nem saber da existência dos teus filhos, nem tão pouco ao que ele faz neste espaço. Se você apenas paga e entrega na porta e arrasta o carro como se dissesse, agora estou livre desse problema neste turno, tenha a plena certeza, você está criando um débito de vida para si mesmo.
Quando você enxerga a educação como um investimento, certamente você pode considerar que ela é uma semente que será plantada e colherá muitos frutos. No entanto, é bom entender que a educação vai além de ter a condição básica para adquirir um emprego no futuro e não passar fome.
É importante compreender que seja uma oportunidade que irá além de uma formação regular, uma instrução, se está além destes pensamentos, você é parte de um grupo especial de pais que respiram educação como meio transformador de uma sociedade. O ambiente escolar realmente consegue ter êxitos com os seus programas de interação com esses pais? Quanto não consegue o que buscar como alternativa?
Com especial atenção ao ambiente escolar privado, muitos pais que tem condições financeiras dão aos profissionais da educação (diretores, coordenadores e professores) um tratamento de patrão e empregado. Muitos pais não fazem ideia de respeito a dignidade humana e ainda afirmam, estou pagando é a sua obrigação! Esses são memórias de tempo que faz até vergonha remonta-lo, por este motivo deve adotar maneiras mais civilizadas, afinal, os tempos são outros.
Saber se relacionar com os educadores dos nossos filhos é uma oportunidade antes de tudo, para manifestar nossas crenças naqueles profissionais que fazem parte da semeadura para um futuro melhor para eles. No entanto, por outro lado, o que a gestão escolar tem realizado verdadeiramente para gerenciar estas relações?
Alguns pais dotados destas e outras posturas tem uma relação muito delicada, por vezes, até muito difícil com os educadores dos seus filhos, meio que uma guerra voluntária. Algumas atitudes se destacam: Não frequentam as atividades realizadas pela escola, costuma indicar terceiros que não tem responsabilidade direta com os seus filhos, principalmente nas reuniões de pais, encontro temáticos ao longo do ano letivo.
Outro aspecto que tem surgido nos grupos de pais nas redes sociais é a pulverizações de fake News, traduzido em disse-me-disse, realizando julgamentos de valor sobre alguns dos profissionais do ambiente educacional.
Como a gestão educacional pode criar um ambiente favorável para garantir relações mais saudáveis com esses pais? Muitas unidades escolares procuram fazer pura e simplesmente, campeonatos esportivos, acompanhados de churrascos e afins; Outras vezes promovem encontros temáticos com as mães dos alunos. Em ambos os casos, nota-se que não são eventos pensados com o propósito de gerar vínculos efetivos que garantam conexões de qualidade real.
Os gestores devem investir em eventos que adotem a essência do que se propõem, claro que não será um dia de sala de aula para eles, mas certamente oportunizar vivências especiais, se a relação é comportamental, a atenção deverá ser para sensibilizá-los neste tocante. Um turno com vivencias que permita a gestão conhecer mais das suas preferências. E, com o tempo, a direção concentrará esforços no sentido de criar uma relação de aliança real cuidado e zelo para esses pais.
Afinal, numa perspectiva de posicionamento de mercado, relação com a concorrência e atentos ao marketing de relacionamento, a escola deverá cuidar amorosa e estrategicamente desses pais. Acredite, em breve, eles se tornarão defensores e aliados da marca, dada a experiência que o ambiente escolar proporcionará para cada um deles.
Sei bem que muitos gestores dirão: Não temos dinheiro para pagar profissionais para operar este setor. Sim, deveria ter, afinal, com todo respeito, quem deve raciocinar sobre as estratégias e ações de mercado são os qualificados profissionais de mercado e não professores.
Achar que pode pensar estas estratégicas para tais pais é acreditar que pode e quer abraçar o mundo, movimento perigoso. Mesmo porque, uma escola conservadora demais, desatenta aos movimentos de mercado, perderá logo, logo, espaço para outras escolas emergentes, recém chegada na praça.
Muitos gestores se escondem no matagal dos seus currículos desalinhados da realidade presente e se perdem sem saber como garantir uma gestão de excelência em seu ambiente de negócio.
Muitas escolas se escondem atras das suas supostas tradições, contudo, na maioria das vezes, não passam de vestígios de um tempo passado e que nostalgicamente se encontra, motivo pelo qual, muitas pararam no tempo. Na realidade o que elas devem buscar é o mais profundo prestígio traduzido pelos valores humanos e das suas concepções adequadas ao tempo presente. O que o seu ambiente escolar tem proporcionado hoje para os seus diversos tipos de públicos?
*Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 5 países de língua portuguesa na África (São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e Angola), 5 países de língua espanhola (Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru e Espanha), Estados Unidos e Brasil onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil.