O ex-deputado federal Wladimir Costa voltou à prisão no início da tarde desta terça-feira (14), após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), que derrubou liminar que concedeu liberdade ao ex-parlamentar. Wladimir Costa foi conduzido ao Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel, no Pará
Wlad, como é conhecido, foi preso em 18 de abril ao chegar no Aeroporto Internacional de Belém, em um cumprimento a um mandado de prisão preventiva pela Polícia Federal. Solto no último dia 25 de abril, graças a um habeas corpus concedido pelo desembargador José Maria Teixeira do Rosário, do TRE-PA, Wlad estava sob monitoramento eletrônico.
Nesta terça-feira (14), no entanto, a Justiça Eleitoral analisou o habeas corpus e decidiu derrubar a liminar que garantiu à liberdade ao ex-deputado.
Durante a análise, o desembargador José Maria Teixeira do Rosário manteve sua posição a favor da liberdade de Wlad, no entanto, o juiz Marcus Alan de Melo Gomes divergiu da tese apresentada para justificativa do habeas corpus.
O magistrado alegou que o ex-deputado possuía um mandado de prisão pendente em juízo de 1º grau, o que desqualifica o pedido de soltura concedido anteriormente pelo desembargador a Wladimir Costa. O voto do juiz Marcus Alan foi seguido pelos demais membros da Corte eleitoral.
Wladimir Costa foi preso após denúncias da deputada federal Renilce Nicodemos, a qual alegou à Justiça Eleitoral ter sido vítima de reiteradas ações de violência política, divulgadas nas redes sociais de Wlad. As acusações incluem violência de gênero, calúnia, injúria e difamação.
Além da prisão preventiva, a Justiça ordenou a exclusão das postagens que motivaram o processo judicial das redes sociais. Vale lembrar que, em 2017, o então deputado federal foi condenado por abuso de poder econômico e gastos ilícitos e, por esta razão, teve o mandato cassado.
O ex-parlamentar estava cumprindo medidas cautelares expedidas pelo TRE-PA, como a proibição de manter contato, por qualquer meio, com Renilce Nicodemos, comparecimento mensal ao juízo da 1ª zona eleitoral, para informar e justificar suas atividades e monitoramento via tornozeleira eletrônica.