Com a participação de mulheres, jovens, indígenas, quilombolas, pescadores e militantes de movimentos populares da região da Bacia do Tapajós, a formação de comunicação popular Escola de Militância Socioambiental Amazônida (EMSA) trabalhou com o objetivo de avançar na formação técnica e política em torno de ferramentas da comunicação popular. Essa iniciativa visa fortalecer a capacidade dos participantes em utilizar a comunicação como um instrumento eficaz para a defesa dos direitos socioambientais.
“A EMSA buscou estabelecer uma rede de comunicação e cooperação entre os participantes, permitindo que eles compartilhassem suas experiências e conhecimentos e trabalhassem juntos para usar a comunicação popular como uma ferramenta para proteção do meio ambiente e da Bacia do Tapajós” afirma Kamila Sampaio, integrante da Escola de Militância e comunicadora do Movimento Tapajós Vivo.
A formação contou com oficinas de audiovisual, criação de cartazes, oratória e produção textual, proporcionando aos participantes habilidades práticas para desenvolver conteúdo de qualidade e transmitir mensagens claras e impactantes. Além disso, houveram rodas de conversa sobre comunicação popular, ferramentas do jornalismo e engajamento na luta socioambiental, permitindo que os participantes discutissem e compartilhassem suas experiências e conhecimentos.
O compartilhamento e construção dos conhecimentos se deram com parceria da Souza.Doc e Movimento Tapajós Vivo, além da colaboração de Ana Cecília Moura. Essa parceria permitiu que a EMSA contasse com expertise especializada e recursos para apoiar a formação, garantindo que os participantes recebessem uma formação de alta qualidade e relevante para suas necessidades e objetivos.
“Eu era leiga na maioria dos assuntos que foram abordados, mas hoje eu acho que posso inclusive me considerar uma comunicadora popular! Eu já auxiliava nas mídias das organizações que faço parte, mas de forma amadora. Agora, graças à EMSA, eu pude ampliar meu conhecimento e com certeza vou colocar em prática pra ajudar minha comunidade!” destacou Sofia Amazonas, aluna da EMSA.
A Escola de Militância desenvolve uma abordagem inovadora de ensino, que prioriza a participação e a troca de experiências entre as pessoas. Essa metodologia horizontal, democrática e dialogada contém a colaboração de diversas organizações e coletivos da bacia do Tapajós, envolvendo estudantes indígenas, Ribeirinhos, Quilombolas, Negros e outros grupos de diferentes regiões, incluindo Alto, Médio e Baixo Tapajós, Juruena, PAE Lago Grande e Baixo Amazonas. Além disso, a EMSA busca garantir a equidade de gênero em suas formações e promover o diálogo intergeracional entre jovens e adultos.
A missão da EMSA é fornecer conhecimentos e compartilhar saberes científicos e populares para fortalecer a consciência crítica e o comprometimento dos moradores afetados ou ameaçados por empreendimentos que destroem o território e os povos da Amazônia. A estratégia é apoiar a luta conjunta das três bacias do Tapajós, unindo esforços para proteger o território e os povos ameaçados.
Fonte: EMSA/MTV