O Ministério Público Federal (MPF) abriu, nesta quinta-feira (27), inquérito para apurar a causa e os danos do evento que queimou diversos transformadores na rede de distribuição de energia elétrica de Santarém, no oeste do Pará, na última segunda-feira (24).
Como primeiras medidas da investigação, o procurador da República Vítor Vieira Alves determinou o envio de ofícios à empresa Equatorial Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
À Equatorial o MPF decidiu requisitar informações sobre as causas da queima dos transformadores e a apresentação de documentos que comprovem a resposta.
Já à Aneel o MPF pediu informações sobre a instauração de processo administrativo para apurar as causas e as consequências do evento e sobre as providências administrativas que podem ser adotadas.
Entenda o caso – Na última segunda-feira, ocorreu uma série de explosões de transformadores de energia em Santarém, logo após uma forte chuva. Segundo a imprensa estadual, o evento deixou mais de 25 mil famílias consumidoras sem energia elétrica.
O pleno fornecimento de energia elétrica em Santarém foi restabelecido somente dois dias depois, registra o despacho de instauração do inquérito no MPF.
O despacho também ressalta que a tarifa de energia elétrica do Pará atualmente é a mais cara do país e que é necessário evitar eventos como o apagão que ocorreu no Amapá em 2020, quando quase 800 mil pessoas ficaram sem energia elétrica por 22 dias por causa da explosão de um transformador.
Em nota enviada à redação do Quarto Poder, a concessionária de energia elétrica informou que até a manhã desta segunda-feira (1), não havia sido notificada sobre o inquérito do Ministério Público Federal. A empresa ressalta que às 12h de quarta-feira, 26, normalizou 100% dos clientes que tiveram interrupção de energia em Santarém, na noite de segunda-feira, 24. A situação foi causada por uma descarga atmosférica que atingiu o circuito da subestação Santarém, provocando aumento de tensão e abertura dos transformadores e alimentadores da rede.
A empresa destaca a que todas as ocorrências coletivas e a maior parte das individuais foram normalizadas em menos de 24 horas.
A nota ressalta ainda que aumentou o quantitativo de equipes para essa contingência.
Toda falta de energia precisa ser registrada por meio dos canais de atendimento que estão disponíveis 24h, por meio do 0800 091 01 96, pela assistente virtual Clara, via WhatsApp no número (91) 3217 8200.
Fonte: MPF