Libélulas impulsionam potencial de ecoturismo na Amazônia, aponta pesquisa

Um estudo inédito realizado por cientistas da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Algarve, em Portugal, revela o potencial das libélulas para fortalecer o ecoturismo de base comunitária na Amazônia brasileira. Publicado na revista Global Ecology and Conservation, o estudo evidencia que esses insetos, conhecidos localmente como “jacinas,” podem ser agentes de conservação e atrativos turísticos ao mesmo tempo.

Estudo revela como insetos da ordem Odonata podem fomentar a consciência ambiental, contribuir para a conservação da biodiversidade e gerar oportunidades de renda sustentável para as comunidades locais. Foto: Ufopa

Conduzida na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, a pesquisa ouviu 415 moradores, entre indígenas e não indígenas, e mostrou que 98,55% deles reconhecem as libélulas e as valorizam por sua beleza e importância ecológica. Além disso, 99,04% demonstraram interesse em atividades de observação desses insetos e 89,88% apoiaram a ideia de um ecoturismo focado em Odonata, a ordem científica das libélulas.

“As libélulas são símbolos culturais e ecológicos que podem conectar visitantes à biodiversidade local, fortalecendo o ecoturismo e gerando renda para as comunidades”, afirma a pesquisadora Mayerly Guerrero-Moreno, da Ufopa. Além disso, o estudo destaca a necessidade de apoio institucional para que o ecoturismo envolvendo libélulas seja sustentável. Isso inclui políticas públicas e programas de treinamento voltados à gestão comunitária dessas atividades.

Com essa iniciativa, os cientistas esperam que a inclusão de libélulas no turismo comunitário não só traga novos olhares sobre a biodiversidade amazônica, mas também empodere e gere renda para as comunidades locais, promovendo um desenvolvimento sustentável na região.

Confira o artigo completo (em inglês) aqui: https://doi.org/10.1016/j.gecco.2024.e03230.

As informações são da Ufopa

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