A situação da BR-155 entre os municípios de Sapucaia e Eldorado dos Carajás, no sudeste do Pará, é caótica. A condição da rodovia se agravou após o asfalto ceder, resultando na abertura de uma enorme cratera no km 164. O trecho está completamente intrafegável, isolando caminhoneiros e impactando diretamente a economia local. Apesar da gravidade do problema, a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Pará ainda não tomou providências efetivas para solucionar o problema.
A interdição da BR-155 tem causado prejuízos significativos para a região e também para o Brasil. A rodovia é um dos principais corredores logísticos para o escoamento da produção agropecuária e mineral do estado, e a paralisação do tráfego compromete o abastecimento de diversos setores. Além disso, moradores das localidades afetadas enfrentam dificuldades de deslocamento, acesso a serviços essenciais e abastecimento de suprimentos básicos.
Caminhoneiros que dependem da rodovia para transportar mercadorias relatam grandes perdas financeiras devido à paralisação. Muitos deles estão parados há dias, sem previsão de liberação da via. Em vídeos divulgados nas redes sociais, eles fazem um apelo às autoridades estaduais e federais para que assumam a responsabilidade pelo reparo imediato da rodovia.
A inércia do DNIT diante da situação tem sido amplamente criticada. Segundo autoridades regionais, o atual superintendente do órgão no Pará, Diego Benitah Batista, tem sido negligente desde que assumiu o cargo. Diversos municípios afetados por danos e falta de manutenção nas estradas federais sob responsabilidade do DNIT têm feito apelos reiterados, mas não obtiveram respostas efetivas.
Caminhoneiros e lideranças locais denunciam que a equipe técnica mobilizada para o reparo da BR-155 tem realizado serviços paliativos inadequados. De acordo com relatos, está sendo construído um desvio através de uma área alagada, o que pode comprometer ainda mais o trânsito na região. “Se tivessem jogado o material correto diretamente no buraco, já teríamos conseguido atravessar”, reclamou um dos motoristas prejudicados.
Até o momento, o DNIT não divulgou um posicionamento claro sobre as providências que estão sendo tomadas. Tampouco foram informados novos prazos para a conclusão dos reparos. O silêncio do órgão aumenta a revolta de motoristas, moradores e empresários, que dependem da rodovia para suas atividades diárias.
A situação da BR-155 é um reflexo do abandono da infraestrutura rodoviária na região Norte do Brasil. A falta de manutenção e investimento adequado em rodovias fundamentais para o desenvolvimento econômico e social segue como um dos principais entraves para o crescimento da região.