Um coro crescente de vozes se levanta em Santarém, no oeste do Pará, contra o vereador bolsonarista Malaquias Mottin (PL). Mais de 50 entidades da sociedade civil assinaram uma nota de repúdio exigindo sua cassação após declarações polêmicas sobre a derrubada de mangueiras centenárias e ataques verbais a uma promotora de Justiça.
A proposta de cortar árvores históricas sob o pretexto de combater o incômodo causado por garças foi o estopim da indignação popular. Para os signatários, as mangueiras representam mais do que sombra: são patrimônio cultural, ambiental e símbolo da identidade santarena.
O manifesto, compartilhado com força nas redes sociais, também denuncia as ofensas dirigidas pelo vereador à promotora Lilian Braga, a quem chamou de “demagoga” por sua atuação na proteção ambiental. As entidades acusam o parlamentar de desrespeitar o cargo que ocupa e de ferir princípios básicos de ética pública.
A pressão agora recai sobre a Câmara de Vereadores, instada a abrir processo disciplinar e deliberar sobre a cassação do mandato de Mottin, como forma de reafirmar o compromisso com a democracia, o meio ambiente e o respeito institucional.