A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Pará (FICCO/PA) deflagrou, nesta quinta-feira (22), a Operação Covil, com o objetivo de desarticular planos de atentados contra agentes das forças de segurança pública do estado do Pará. A ofensiva resultou na prisão de dois integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, localizados em Manaus (AM) e Sobradinho (DF).
Segundo a Polícia Federal, os presos estavam envolvidos no planejamento e execução de ações criminosas voltadas à eliminação de agentes da segurança pública do Pará, numa tentativa de enfraquecer a atuação do Estado no combate às facções. As investigações apontam que os dois atuavam como idealizadores das chamadas “missões”, que consistem em atentados premeditados e coordenados contra servidores públicos, especialmente policiais.
A mulher presa em Sobradinho/DF possuía funções de liderança dentro da facção, ocupando os cargos de administradora geral, orientadora e tesoureira do Comando Vermelho no município de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. Durante a investigação, foi identificado que ela também participava de um grupo de estudos com o objetivo de ingressar na Polícia Federal por meio de concurso público. A intenção, segundo a PF, era infiltrar-se nos órgãos de segurança. A informação foi confirmada após entrevista com a investigada e análise dos materiais apreendidos nos mandados judiciais.
Já o homem preso em Manaus/AM era responsável por articular a compra e remessa de drogas destinadas ao abastecimento da facção no estado do Pará. Ele fazia parte da estrutura logística do Comando Vermelho, com atuação interestadual.
A FICCO/PA reforça que a operação faz parte de uma ação coordenada e contínua de repressão às facções criminosas que atuam no Pará, com foco no desmantelamento das redes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, homicídios e atentados contra agentes públicos. A força-tarefa também atua na identificação de lideranças ocultas e no bloqueio de financiamentos e comunicações dos grupos criminosos.
Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, associação para o tráfico e tentativa de homicídio qualificado, entre outros previstos na legislação penal brasileira. As investigações seguem em curso, e outros desdobramentos da Operação Covil não estão descartados.
A operação contou com o apoio da FICCO/DF, FICCO/AM e das polícias Civil e Militar do Amazonas. A ação é mais uma etapa da estratégia permanente de repressão ao crime organizado no estado, desenvolvida pela FICCO/PA — força-tarefa composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Civil do Estado do Pará (PC/PA) e a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).