A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) vai inaugurar, até o mês de julho, mais cinco afrotecas na região Oeste do Pará, sendo quatro delas em territórios quilombolas. A implantação das novas unidades é fruto de uma parceria entre a Universidade, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e as Prefeituras Municipais. No total, são R$ 695.310,00 de investimento do MIR para viabilizar a instalação desses espaços nos municípios paraenses de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná.
“As afrotecas são uma tecnologia educacional antirracista composta por livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais. Elas foram inicialmente pensadas para as crianças e projetadas para construir, em unidades escolares, uma educação antirracista e afrocentrada”, explica o professor Luiz Fernando de França, coordenador do projeto Afroliq, responsável pela iniciativa.
A primeira inauguração, da Afroteca Kiriku, ocorrerá nesta quinta-feira, 29 de maio, às 16 horas, na Escola Municipal Vitalina Motta, situada em Belterra, às margens da BR-163. Na sequência, no dia 30, às 10 horas, será inaugurada a primeira unidade em uma comunidade quilombola: a Afroteca Bucala, instalada na Escola Municipal Nossa Senhora do Livramento, situada no Quilombo Saracura, em Santarém.
No mês de junho haverá apenas uma única inauguração: a da Afroteca Marina dos Santos, implantada na Escola Municipal Boa Vista, situada no Quilombo Boa Vista, em Oriximiná. O evento ocorrerá no dia 20, às 10 horas.
Em julho serão inauguradas mais duas unidades: a Afroteca Abayomi, instalada na Escola Municipal Peafú, situada no Quilombo Peafú, em Monte Alegre, no dia 25, às 14 horas; e a Afroteca Ambirá, na Escola Municipal Martinho Nunes, situado no Quilombo Pacoval, em Alenquer, no dia 28, às 10 horas.
Afrotecas – Tecnologia educacional inovadora, a proposta desses espaços foi desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq), coordenado pelo professor Luiz Fernando de França e vinculado ao curso de Licenciatura em Letras do Instituto de Ciências da Educação (Iced) da Ufopa.
As afrotecas promovem formas afirmativas de ver e valorizar a identidade das nossas raízes negras, bem como propõem a criação de formas de brincar a partir de uma perspectiva antirracista. Elas também são oportunidade de valorização dos materiais didáticos que envolvam a representatividade racial e estejam de acordo com a Lei nº 10.639/2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
Fonte: Ascom/Ufopa