Operação ‘Comércio Restrito’ desmantela rede de tráfico de armas em Santarém

Na manhã desta sexta-feira (5), a Polícia Civil deflagrou a Operação Comércio Restrito em Santarém, no oeste do Pará, visando desarticular uma rede de tráfico de armas. Entre os alvos estão o sargento da Polícia Militar Marlon Campos Rodrigues, Wilkson Figueira Teles, conhecido como Wil das Joias, Pablo Oliveira e Cleomar Farias. A operação revelou um esquema de furto e revenda ilegal de armas de fogo.

Furto de 13 armas em Uruará

O caso teve início com o furto de 13 armas de fogo de um colecionador, atirador desportivo e caçador no município de Uruará, na região sudoeste do Pará. Câmeras de segurança registraram a ação criminosa, realizada na madrugada, onde três homens, sem cobrir o rosto, foram flagrados retirando pistolas, espingardas e até um fuzil de um armário. As imagens mostram os suspeitos colocando os itens em bolsas e fronhas de travesseiro antes de fugirem.

Investigação e prisões

As investigações da Polícia Civil levaram à identificação de dois receptadores em Santarém. Um deles confessou ter adquirido uma pistola de uso restrito por R$ 9 mil, acompanhada de dois carregadores, três munições intactas e um sistema de pontaria eletrônico conhecido como red dot. O suspeito foi conduzido à delegacia, onde prestou depoimento.

Segundo a polícia, os receptadores indicaram que compraram as armas de dois homens identificados como Wil e Jean. O primeiro, conhecido como Wil Joias, foi preso nesta sexta-feira na operação da PC em Santarém. O segundo, Jean, está com prisão decretada, mas ainda não foi localizado pela polícia.

A investigação aponta ainda para a possível participação de outras pessoas no esquema de revenda ilegal de armas, que inclui armamentos de grosso calibre, como fuzis.

Resultados da operação

A Operação Comércio Restrito resultou na recuperação de duas pistolas, além da apreensão de diversas munições, dinheiro em espécie e uma máquina de contar cédulas, evidenciando a estrutura financeira do grupo criminoso. Apesar do avanço, a Polícia Civil informou que entre seis e sete armas de grosso calibre ainda estão desaparecidas e seguem sendo procuradas pelas autoridades.

Envolvimento de sargento da PM

O envolvimento do sargento Marlon Campos Rodrigues com a organização criminosa gerou grande repercussão. Em nota, a Polícia Militar lamentou o caso e afirmou estar colaborando plenamente com as investigações. A participação de um integrante da corporação no esquema criminoso levanta preocupações sobre a segurança pública na região.

A Polícia Civil segue com as investigações para localizar as armas desaparecidas e identificar outros possíveis envolvidos no esquema. A operação reforça o compromisso das autoridades no combate ao tráfico de armas e à criminalidade organizada no oeste do Pará.

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