A Polícia Civil divulgou, neste sábado (6), fotos de outros três suspeitos investigados na operação Comércio Restrito, que desarticulou uma quadrilha acusada de furtar armas de fogo em Uruará, no sudoeste do Pará, e revendê-las em municípios da região. A ação, deflagrada em Santarém, resultou até agora na prisão de cinco pessoas, incluindo um agente de segurança pública, e na apreensão de sete armas de fogo, munições e diversos equipamentos.
Segundo o delegado Jamil Casseb, titular da Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas, foram recolhidos revólveres, pistolas e até uma espingarda, além de um simulacro, nove carregadores de calibres diferentes, mais de 100 munições, um veículo, caixas de armas, pendrives, tornozeleira eletrônica, DVR, CPU e celulares. Também foram encontrados R$ 6.493 em espécie.

“As investigações seguem em andamento e outros suspeitos ainda podem ser presos. Todo o material apreendido foi levado à delegacia para os procedimentos legais”, explicou o delegado.
O caso
A operação Comércio Restrito é resultado de um inquérito que apura o furto de 13 armas de fogo da residência de um colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC) em Uruará. O crime foi registrado por câmeras de vigilância e serviu de ponto de partida para identificar a quadrilha.
De acordo com a Polícia Civil, as armas foram repassadas a cidades como Altamira e Santarém, e pelo menos duas delas já foram apreendidas, sendo que uma chegou a ser utilizada em um crime.
Entre os presos estão o sargento da Polícia Militar Marlon Campos Rodrigues, além de Wilkson Figueira Teles, conhecido como Wil das Joias, Pablo Oliveira e Cleomar Farias. Pablo já havia sido detido no início das investigações. Outro alvo, Jean Carlos, teve a prisão decretada, mas ainda não foi localizado.

Balanço da operação
Além das prisões, a Polícia Civil confirmou a apreensão de uma máquina de contar cédulas e diversos objetos ligados à atividade criminosa. Apesar dos resultados, entre seis e sete armas de grosso calibre ainda permanecem desaparecidas.
A Polícia Militar divulgou nota lamentando o envolvimento do sargento Marlon Campos Rodrigues e garantiu estar colaborando com as investigações.
Qualquer informação que ajude na localização dos suspeitos deve ser repassada pelos números 190 ou 181. O sigilo será garantido.