A Polônia acionou caças próprios e de países da Otan após a entrada de drones russos em seu espaço aéreo durante a madrugada desta quarta-feira (10), no horário local — noite de terça-feira (9), no Brasil. Segundo as Forças Armadas polonesas, os drones foram abatidos após sucessivas violações.
“Durante o ataque de hoje da Federação Russa contra alvos na Ucrânia, nosso espaço aéreo foi violado repetidamente por drones”, informou o Exército em comunicado oficial. Pouco depois, as autoridades confirmaram que “armas foram utilizadas” para neutralizar os equipamentos e recomendaram à população que permanecesse em casa.
Reação imediata
A invasão levou o primeiro-ministro da Polônia a convocar uma reunião emergencial com ministros da área de segurança. Um encontro extraordinário do Conselho de Ministros foi marcado para as 8h no horário local (3h em Brasília).
Um dos drones foi encontrado danificado na vila de Czosnowka, no leste do país, região próxima às fronteiras com a Ucrânia e Belarus, considerada a mais vulnerável.
Impacto e alerta máximo
A situação também provocou o fechamento de aeroportos, incluindo o de Varsóvia, e a ativação imediata dos sistemas de defesa antiaérea, que foram elevados ao mais alto nível de prontidão.
De acordo com o vice-ministro da Defesa, Cezary Tomczyk, todos os serviços de segurança estão em alerta total, e tanto o presidente quanto o primeiro-ministro foram notificados da operação.
Contexto regional
Mais cedo, a Força Aérea da Ucrânia havia informado que os drones russos representavam risco direto para a cidade polonesa de Zamosc, mas a mensagem foi posteriormente apagada do Telegram. Grande parte da Ucrânia — incluindo áreas próximas à fronteira com a Polônia — ficou sob alerta aéreo durante a madrugada.
O incidente eleva ainda mais a tensão na região, reforçando os riscos de que a guerra travada na Ucrânia ultrapasse fronteiras e atinja diretamente países-membros da Otan.