MPE pede cassação de prefeito, vice e vereador em Rurópolis por compra de votos

O processo que investiga suspeitas de compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Rurópolis, no oeste do Pará, chegou a uma fase decisiva. O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou parecer conclusivo em que requer a cassação do prefeito José Filho Cunha de Oliveira, do vice-prefeito Edegar da Rocha e do vereador Raimundo Nonato Souza Silva, todos acusados de captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico.

De acordo com o parecer, as provas reunidas durante a investigação são consistentes e apontam para um esquema de compra de votos que teria ocorrido às vésperas e até mesmo no dia da votação. O Ministério Público citou como evidências transferências de dinheiro via PIX realizadas a eleitores, mensagens de WhatsApp pedindo apoio político em troca de valores e depoimentos de pessoas que confirmaram ter recebido quantias em troca do voto. Também foram identificadas movimentações financeiras de grande porte consideradas atípicas, o que reforça, segundo o órgão, a gravidade das condutas praticadas.

No pedido final, o promotor eleitoral substituto Diego Lima Azevedo defende a cassação dos diplomas e mandatos do prefeito, do vice e do vereador, além da declaração de inelegibilidade por oito anos e a aplicação da multa no valor máximo previsto na legislação. O parecer, protocolado no último dia 26 de setembro, também solicita a expedição de ofícios para garantir o cumprimento imediato da decisão, caso seja acolhida pela Justiça Eleitoral.

Agora, o processo está concluso e cabe ao juiz da 68ª Zona Eleitoral decidir se acata integral ou parcialmente os pedidos do Ministério Público. A sentença terá impacto direto no futuro político de Rurópolis, podendo levar ao afastamento das principais lideranças do Executivo municipal e alterar a composição política da cidade.

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