O turismo sustentável tem se consolidado como peça-chave para a proteção da biodiversidade e o fortalecimento da bioeconomia no Pará. No Dia Mundial do Turismo e Dia Nacional do Turismólogo e dos Profissionais do Turismo, comemorados no último sábado, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) destacou o papel estratégico das comunidades tradicionais e dos turismólogos na preservação das florestas e na geração de renda para milhares de famílias.

No estado, servidores especializados em turismo apoiam visitas às unidades de conservação e atuam lado a lado com comunidades ribeirinhas, pescadores e extrativistas que desenvolvem o Turismo de Base Comunitária (TBC). O modelo alia a conservação da floresta ao desenvolvimento local, garantindo oportunidades em transporte fluvial, hospedagem, alimentação, artesanato e condução de visitantes.
“O ecoturismo, quando participativo, gera renda e reconhecimento cultural, valorizando práticas cotidianas e fortalecendo a permanência digna das populações em seus territórios”, ressaltou o analista de Planejamento e Gestão em Turismo do Ideflor-Bio, Deoclécio Júnior.
Já a analista ambiental e turismóloga do órgão, Deiliany Oliveira, destacou que o turismo responsável transforma comunidades em aliadas diretas da conservação. Segundo ela, o contato dos visitantes com a floresta amplia a consciência ambiental e incentiva práticas sustentáveis. Ela defendeu ainda a capacitação dos comunitários para melhorar o atendimento e valorizar a identidade local, gerando mais autoestima e renda.
O Ideflor-Bio reforça que o TBC vai além do aspecto econômico: aproxima a população da gestão participativa das unidades de conservação, amplia a legitimidade das políticas ambientais e se torna aliado estratégico para conciliar desenvolvimento regional e proteção da Amazônia.
