DENÚNCIA: Homem que aguardava socorro há mais de 4 dias no hospital sucateado de Alenquer foi transferido para Santarém

A situação da saúde pública em Alenquer, no oeste do Pará, ganhou um novo e alarmante capítulo. O cidadão alenquerense Antônio Ivo da Silva Serrão permaneceu internado no Hospital Municipal Santo Antônio, há quatro dias, aguardando por atendimento adequado diante de um quadro grave de falta de ar. Sem diagnóstico definido, a família relatou total incerteza e negligência por parte do sistema de saúde local. Com a ajuda de familiares e da população, o paciente foi transferido para o município de Santarém, onde segue internado. O estado de saúde dele inspira cuidados.

De acordo com familiares, Antônio Ivo apresenta sinais de insuficiência respiratória severa, mas em Alenquer, os médicos plantonistas do hospital não conseguiram oferecer uma explicação clara sobre o que está causando o problema. A estrutura da unidade de saúde, já bastante sucateada, agravou a situação, impedindo que exames mais complexos ou tratamentos de emergência sejam realizados no próprio município.

“O TFD (Tratamento Fora de Domicílio) já foi liberado, mas fomos informados que não havia leitos disponíveis na cidade vizinha. Enquanto isso, ele está aqui, sem resposta, sem atendimento adequado, e a cada dia piora mais”, desabafa um parente próximo, visivelmente abalado.

A família Serrão, uma das mais tradicionais e numerosas de Alenquer, mobilizou-se em busca de ajuda urgente. Os parentes fizeram apelos nas redes sociais, contatos com autoridades e órgãos de saúde para conseguir recursos e transferir seu Antonio pra Santarém, onde segue internado no Hospital Municipal.

Alenquer não possui outro hospital além do Santo Antônio, o que escancara a dependência da população em relação a uma única estrutura médica que, segundo relatos de moradores, enfrenta graves problemas de infraestrutura, falta de equipamentos e escassez de profissionais especializados.

O caso de Antônio Ivo da Silva Serrão evidencia a fragilidade do sistema público de saúde da região e levanta questionamentos sobre a responsabilidade do poder público frente à crise humanitária vivida por muitas famílias que dependem exclusivamente do atendimento oferecido em Alenquer.

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