Estudo da Famivita traz dados sobre o autismo na região Norte do Brasil

Um estudo feito pela Famivita lançou um pouco mais de luz sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na região Norte do Brasil. Os resultados mostraram um pequeno panorama sobre o conhecimento, conscientização e percepção do autismo na localidade.

No Acre, por exemplo, 71% das pessoas entrevistadas estão cientes de que os sinais do autismo se manifestam desde a infância. Além disso, 57% das pessoas entrevistadas sabem que existem pelo menos 2 milhões de autistas no Brasil, refletindo a compreensão da escala do TEA no País. No Acre 71% das pessoas entrevistadas também conhecem pelo menos uma pessoa com autismo.

Já no Pará, 88% das pessoas apontaram estarem cientes de que os sinais do autismo se manifestam desde a infância. Além disso, 71% das pessoas entrevistadas no Pará estão conscientes da grande população de autistas no Brasil, que é estimada em 2 milhões, e 77% dos participantes conhecem pelo menos uma pessoa com autismo.

No entanto, o estudo revelou uma disparidade significativa de conhecimento entre homens e mulheres no Brasil. Enquanto 84% das mulheres sabem que os sinais do autismo podem ser observados desde a infância, apenas 69% dos homens têm essa percepção. Da mesma forma, apenas 43% dos homens estão cientes de que há mais de 2 milhões de autistas no Brasil, em comparação com 62% das mulheres. Além disso, 67% das mulheres conhecem pelo menos uma pessoa com autismo, em comparação com 54% dos homens.

Vale lembrar que há uma carência de dados precisos sobre o autismo no Brasil. Para preencher essa lacuna de informações, o Censo do IBGE de 2022 incluiu o autismo em suas estatísticas pela primeira vez, especialmente com o objetivo de mapear quantas pessoas vivem com o Transtorno. Os dados ainda serão divulgados.

O que se espera é que o aumento do conhecimento e da conscientização sobre o TEA leve a mais investimentos em pesquisa, diagnósticos mais precisos, melhor formação para médicos e educadores, e escolas mais inclusivas. Isso, por sua vez, proporcionará uma melhor qualidade de vida para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias.

Sobre o Transtorno do Espectro Autista

O TEA é um distúrbio caracterizado por dificuldades na interação social, deficiências verbais e físicas, bem como padrões restritos e repetitivos de comportamento. A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo tenham TEA. Os sinais geralmente se tornam aparentes durante os primeiros cinco anos de vida, e o tratamento precoce é crucial para o desenvolvimento da criança com autismo. Embora não haja cura para o TEA, terapias comportamentais, de comunicação e pedagogia podem ajudar a atenuar os desafios associados ao Transtorno.

Ascom/Famivita

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