Com qualidade de testes e exames e assegurando a garantia dos resultados à população, este é o foco do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), referência na atuação sobre diagnóstico, pesquisa e vigilância na rede pública de saúde estadual. Além das análises epidemiológicas, a exemplo de diagnósticos de dengue, zika e chikungunya, o laboratório realiza também análises de produtos e meio ambiente.
“O Lacen compõe uma rede nacional de laboratórios, que trabalha diretamente com diagnósticos que dão apoio a vigilâncias sanitárias, como diagnósticos de doenças, controle da qualidade da água consumida no Pará, monitoramento das águas de balneabilidade, entre outras ações que ajudam a traçar ações de vigilância estaduais. Com isso, sinaliza o Estado sobre o que vêm circulando para que sejam criadas ações de campo e políticas públicas, fortalecendo o trabalho de retaguarda aos 144 municípios paraenses”, pontua Alberto Jorge Júnior, diretor-geral do Lacen.
Doenças – A Divisão de Biologia Médica do Lacen é responsável por receber e processar todas as amostras de agravos de notificação compulsória e de interesse em saúde pública. “O objetivo é que a gente dê o suporte para que a vigilância possa atuar no nosso estado prevenindo doenças, como febre do Mayaro, Oropouche, febre amarela, tuberculose, hanseníase, entre outras. O nosso Parque de Máquinas é muito moderno, são equipamentos de última geração, a exemplo de sequenciadores, identificadores bacterianos, equipamentos de biologia molecular, espectrometria de massas e mais instrumentos que fortalecem nossa atuação qualificada”, destaca Patrícia Sato, gerente da divisão.
Produtos – A Divisão de Produtos e Meio Ambiente do Lacen atua com foco no controle de qualidade de produtos sujeito à vigilância sanitária, serviços e águas. Conforme Nailda Pantoja, chefe da divisão, dentro desse monitoramento é identificado o padrão de qualidade sanitário do produto que deve estar em conformidade com a legislação e as normas estabelecidas.
“Nosso trabalho garante que doenças sejam minimizadas, como hipertensão, diabetes ou doenças dos açúcares, por meio da certificação de que a informação declarada pelo fabricante na embalagem de um produto está sendo cumprida. Assim como também pode gerar empregos, porque quando um produto cumpre boas práticas, pode haver uma expansão do produto e, consequentemente, do volume de produção. Nossa divisão tem essa contribuição social e financeira”, afirma Nailda Pantoja.
Sobre o segmento do meio ambiente, Nailda destaca a questão da água, que inclui a água de praia, balneários ou a água de consumo humano que é distribuído amplamente nas residências e estabelecimentos de saúde. “A Divisão trabalha com todo esse universo do controle da água, buscando a comparação positiva dos ensaios microbiológicos, físico-químicas, de metais pesados, agrotóxicos, cianobactérias, ciano toxina, que são parâmetros de ordem complexa, que se interligam com a área da biologia médica para que a gente possa buscar prevenção ou reduzir riscos à saúde da população”, informa.
COP 30 – O Laboratório Central já definiu um Grupo de Trabalho para a COP30, com o objetivo de traçar planos, estratégias e fazer o levantamento para qualquer necessidade epidemiológica que possa surgir. “Estamos discutindo bastante alguns fatores, como a questão alimentar e cultural, porque os visitantes vão querer conhecer as nossas florestas, os nossos rios e esse contato pode ter desdobramentos epidemiológicos. Também estamos nos preparando para os agravos de transmissão de pessoa a pessoa, por conta do grande volume de circulação de pessoas de várias partes do mundo. Então, estamos já prevendo qualquer possibilidade de necessidade de assistência a essas pessoas na parte laboratorial”, conta Patrícia Sato.
Fonte: Agência Pará