Na manhã desta segunda-feira (14), no Fórum de Santarém, oeste do Pará, foi realizada a audiência de custódia de Elisandro Giovani Domanski, de 39 anos, acusado de atropelar e matar Nonata Lacerda de Sousa, de 29 anos, e seu filho de 1 ano e 2 meses, em um trágico acidente ocorrido na noite de domingo (13), na BR-163, próximo à comunidade Tabocal.
A audiência foi conduzida pelo juiz Manuel Carlos de Jesus Maria e contou com a presença do promotor de Justiça Diego Liberdi Rodrigues e do advogado de defesa. Durante a sessão, Domanski foi ouvido, com todos os depoimentos registrados por meio de sistema audiovisual. Após a fase de perguntas, tanto o promotor quanto a defesa atenderam aos seus requisitos.
O juiz Manuel Carlos homologou o auto de prisão em flagrante e, em sua decisão, decretou a conversão da prisão em flagrante de Domanski em prisão preventiva. De acordo com o magistrado, a medida foi adotada para garantir a ordem pública e assegurar a instrução processual. Segundo ele, há acusações suficientes de autoria e materialidade do crime, além de provas claras de que o autuado foi preso em flagrante, conforme previsto no artigo 302 do Código de Processo Penal.
O juiz destacou que, dada a gravidade dos crimes e a conclusão do acidente, seria arriscado aplicar outra medida cautelar que não a prisão. O magistrado também enfatizou que a prisão preventiva é necessária para garantir que o processo judicial siga seu curso sem interferências.
Elisandro Domanski é acusado de dirigir sob efeito de álcool quando atropelou Nonata Lacerda e seu filho na BR-163. O veículo Hilux conduziu por Domanski colidiu com as vítimas em frente a um comércio local. Nonata morreu no local, enquanto a criança foi levada ao Hospital Municipal de Santarém, mas não resistiu aos ferimentos.
Este acidente marcou o quarto óbito registrado na BR-163 em apenas uma semana, intensificando os apelos por maior fiscalização e medidas de segurança na rodovia.
A decisão de manter Domanski preso sem direito à noiva trouxe alívio aos familiares das vítimas, que clamam por justiça e por punições mais severas para motoristas que dirigem sob o efeito do álcool. A comunidade de Tabocal, abalada pelo trágico incidente, também pede uma ação mais eficaz das autoridades para evitar novos acidentes na região.
O caso segue em investigação, e a Polícia Civil deverá concluir o inquérito nas próximas semanas.