Três garimpos ilegais foram desativados pela Polícia Federal no interior da Terra Indígena Munduruku, no município de Santarém, oeste paraense, no último final de semana, durante a segunda fase da Operação Bezerro de Ouro. A ação, que está no contexto da Operação Verde Brasil 2, durou três dias, iniciando na sexta-feira (25) e encerrando no domingo (27), e no período a PF inutilizou vários maquinários usados em crimes ambientais. Ninguém foi preso.
A PF informou que partiu de helicóptero para três grandes áreas de garimpo mapeadas dentro da Terra Indígena Munduruku. Ao final, foram inutilizados cerca de 20 maquinários de garimpos entre pá carregadeiras, tratores e outros. A PF estima um dano ambiental de aproximadamente oito milhões de reais, referentes a um período de seis meses.
As investigações foram realizadas com o auxílio do sistema de monitoramento remoto contratado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o programa “Brasil M.A.I.S”, que possibilita o acesso a imagens de alta resolução e alertas diários de detecção de mudanças ambientais com acompanhamento por satélite, “o que permitiu a rápida localização das áreas de exploração ilegal”, diz a PF.
Participaram da operação cerca de 30 policiais federais, incluindo integrantes dos grupos especiais: COT (Comando de Operações Táticas) e CAOP (Comando de Aviação Operacional). A Operação também contou com o essencial apoio logístico da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro. No mesmo sentido, houve participação de equipe do Ibama em fiscalizações no interior da Terra Indígena.
Operação Bezerro de Ouro
No último dia 06 de agosto, a Polícia Federal em Santarém deflagrou a primeira fase da operação, cumprindo seis mandados de Busca e Apreensão e Sequestro de Bens contra um grupo apontado como um dos principais atuantes no garimpo ilegal na região.
Fonte: O Liberal