Moradores da Comunidade Quilombola Boa Vista, localizada no município de Oriximiná, região Oeste do Pará, iniciaram as atividades da oficina de biojoias, um dos eixos do Projeto de Educação Ambiental e Patrimonial (PEAP), da Mineração Rio do Norte (MRN). Durante a oficina, são apresentadas técnicas para a produção de peças com inspiração no estilo afro-amazônico, utilizando materiais como sementes, ouriços de castanha, cascas de madeira e fibras vegetais.
A artesã Josane Santos de Andrade, participante do projeto integra a nova etapa da capacitação. Segundo ela, as oficinas contribuem para a ampliação do conhecimento sobre técnicas de produção artesanal. “Eu estou achando muito legal, até porque eu já trabalhava com esse ramo de biojoias e o aprendizado nunca é demais”, comentou. De acordo com a aluna, a qualificação é uma forma de garantir geração de renda. Algo que ela já começou. “Eu já vendi várias peças como colares, brinco, pulseira e já montei o meu próprio negócio virtual, uma loja pela internet”, completou.
As oficinas ampliam as possibilidades de criação para os moradores. Colares, brincos, pulseiras e prendedores de cabelo são confeccionados principalmente nas oficinas de Biojóias, com o uso de macramê (técnica de tecelagem manual com o uso de nós). A arte e criação também se amplia nas oficinas de cerâmica com adornos corporais. Com os novos materiais, as peças ganham diferentes formatos e acabamentos.
A estudante Jaiara dos Santos Vieira também participou da oficina. Ela destaca a troca de conhecimentos entre os participantes e a interação durante a capacitação. “Eu estou achando muito bom. além de ser uma oficina que a gente aprende muito sobre a nossa cultura e sobre os materiais naturais, é uma oficina que cria um laço familiar ainda mais forte, porque estamos entre família e amigos”, afirmou.
O Projeto de Educação Ambiental e Patrimonial (PEAP) integram o Programa de Educação Socioambiental (PES), da MRN, o qual busca o desenvolvimento econômico, ambiental e social. A iniciativa oferta um processo educativo com capacitações continuadas, viabilizadas em cursos, oficinas e assessoria técnicas. “Essa é uma ação em que a empresa busca envolver ao máximo as comunidades, independentemente da idade. Buscamos compartilhar conhecimentos com todos que têm interesse em participar e, no fim, esperamos que o saber da comunidade seja cada vez mais multiplicado, compartilhado e se construa um legado na região”, comentou Genilda Cunha, coordenadora do PES.
Fonte: MRN