Major da PM do Pará é flagrado agredindo a própria mãe: vídeo viraliza nas redes sociais

Um vídeo envolvendo o major da Polícia Militar do Pará, José Rogério da Silva Holanda, causou revolta nas redes sociais nesta quarta-feira (25). Nas imagens, o oficial aparece agredindo verbal e fisicamente a própria mãe durante uma discussão dentro de casa. O caso, que gerou repercussão e revolta, se soma a outro episódio recente: o descumprimento de uma ordem judicial relacionada à guarda do filho, ocorrido em fevereiro deste ano.

O incidente ocorreu no bairro da Pedreira, em Belém, na frente da residência da família, e está sendo apurado pela Corregedoria da PM.

Nas imagens, o major aparece exaltado, gritando com a mãe e ameaçando agredi-la. O pai do policial tenta intervir, mas também é empurrado. Em um dos trechos mais graves do vídeo, o major joga o celular da mãe no chão e a ameaça: “Não me filma. Todo mundo que me filma leva porrada. Quem filma polícia é vagabundo. Tu vai me filmar? Vou jogar esse celular na piscina. Tu vai filmar? Tu vai se f*der.”

Em seguida, ele empurra a mãe contra a parede.

Até o momento, não há informações oficiais sobre medidas adotadas pela Polícia Militar do Pará ou por órgãos de proteção às vítimas. A violência doméstica praticada pelo próprio filho, que ocupa um posto de liderança na corporação, causou indignação pública e reforçou cobranças por providências imediatas das autoridades competentes.

Descumprimento de decisão judicial

Este não é o primeiro episódio polêmico envolvendo o oficial. Em 19 de fevereiro, o major José Rogério retirou o filho da escola e passou a manter a criança consigo, contrariando decisão judicial que fixava a guarda com a mãe. A ex-esposa do militar recorreu ao Judiciário, e no dia 28 de fevereiro, o Juízo da 1ª Vara de Família de Belém determinou que o oficial devolvesse o filho, os documentos e pertences pessoais à mãe ou pessoa por ela indicada, no prazo de 24 horas.

A decisão judicial também impôs multa de R$ 1 mil por dia de descumprimento, limitada a R$ 10 mil, e autorizou eventual busca e apreensão do menor caso a ordem não fosse cumprida. Mesmo assim, até 7 de março, data em que o caso veio a público, a determinação seguia ignorada.

Diante do descumprimento, a promotora de Justiça Mônica Rei Moreira Freire, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Adolescência do Ministério Público do Pará, encaminhou o caso aos promotores de Justiça da área para adoção das medidas cabíveis. O chefe da Casa Militar da Governadoria, coronel Costa Jr., também foi informado oficialmente, com pedido de providências. O major é lotado justamente nessa estrutura, atuando como Ajudante de Ordens.

A reportagem aguarda posicionamento da Polícia Militar do Pará e da Casa Militar da Governadoria sobre os fatos.

Redação O Quarto Poder com informações do portal Roma News e site Uruatapera

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