Apresentar produtos gerados a partir do peixe tambaqui, como cortes nobres, defumados, picadinho e linguiça, é a proposta do Projeto de Piscicultura em sua participação na Feira do Peixe Vivo do município de Oriximiná, no oeste do Pará, importante espaço de comercialização da produção pesqueira local durante a Semana Santa. O evento está previsto para os dias 31 de março, 01 e 02 de abril na praça Nicolino.
O Projeto de Piscicultura é executado pela consultoria INCANTO Piscicultura e pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) por meio do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Ambiental do campus de Oriximiná. Desenvolvido desde 2002 nas comunidades Acapuzinho, Bacabal, Tarumã e Jacuraru, em Oriximiná (PA), envolve oito famílias e comemora a evolução dos trabalhos na viabilização de segurança alimentar e fonte de renda para os produtores de peixe.
“O projeto gera conhecimento, renda e segurança alimentar para as famílias participantes e as comunidades por proporcionar acesso à proteína de qualidade neste momento de escassez. Outro grande resultado é a renda gerada pela atividade comercial, que vem promovendo a possibilidade da aquisição de bens importantes para os piscicultores como sistemas de telefonia rural, de produção de energia solar e equipamentos de conservação de alimentos, como freezers ou geladeiras, intermediados pelo projeto e pagos pelos produtores, gerando qualidade de vida”, relata Miguel Canto, pesquisador da Ufopa e consultor do projeto.
O Projeto de Piscicultura faz parte do Programa de Educação Socioambiental (PES) da Mineração Rio do Norte (MRN) em atendimento às condicionantes ambientais. Suas atividades, em 2021, seguem de forma híbrida através de comunicação remota e visitas pontuais, nas quais também são feitas orientações de combate ao novo coronavírus como o uso de máscara e álcool em gel, este último distribuído aos piscicultores.
“Respeitando os decretos, fazemos, quando possível, as visitas presenciais, orientações técnicas e distribuição de insumos e procuramos intensificar a comunicação via telefone para evitar a exposição deles neste período de pandemia. Não paramos por entender a importância deste projeto para as famílias atendidas”, assinala Canto.
Assim, para garantir a segurança preventiva na Feira do Peixe Vivo, boa parte dos piscicultores será representada por um número reduzido de familiares, que comercializará os pescados. “Esta feira é um espaço anual, que vem se consolidando como o principal momento de comercialização da produção. É fruto de parceria entre Ufopa, Prefeitura de Oriximiná e MRN. Vamos aproveitar para os familiares dos piscicultores levarem produtos novos como cortes nobres de tambaqui, tambaqui defumado, linguiça e picadinho de tambaqui”, adianta o consultor do projeto.
Para a MRN, a participação dos produtores atendidos pelo projeto na Feira do Peixe Vivo é uma relevante oportunidade de incrementar mais ainda a renda dos piscicultores. “Acompanhamos com grande satisfação a evolução deste projeto, que, além de garantir alimentação de qualidade para comunidades da região, tem viabilizado o desenvolvimento econômico dos produtores de peixe e esta feira é um dos importantes espaços e contribui muito para a geração de renda deles”, declara Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias e coordenadora do projeto pela MRN.
A piscicultora Francisca Gomes, conhecida como Vovó Chiquinha, vai ser representada por seu filho na Feira do Peixe Vivo. Para ela, o projeto traz aprendizados constantes, alimentação de qualidade e evolução econômica. “Esse projeto é muito importante para nós, pois traz sabedoria para aprendermos cada dia um pouco mais da piscicultura e fazer dela nosso dia a dia feliz. Com a renda desse projeto, estamos fazendo nossa casa, compramos flutuante e uma lancha. Através dele, muitos dos nossos comunitários compram o peixe, colocando uma alimentação de qualidade na mesa deles. O projeto trouxe mudanças em nossa vida e dos comunitários”, relata Vovó Chiquinha.
As informações são da MRN