Os casos envolvendo a síndrome de Haff, mais conhecida por doença da urina preta, foram destaques entre os deputados, durante Sessão Ordinária na Assembleia Legislativa do Pará, nesta terça – feira (14.09).
Em seu pronunciamento, o presidente da Comissão Permanente de Saúde, o médico e deputado Jaques Neves, tranquilizou a população e chamou a atenção para o tratamento precoce.
“A gente não precisa se alarmar, porque não é todo tipo de peixe, alguns peixes de água salgada estão isentos disso. Ainda não se identificou o que está acontecendo. Agora, a população precisa saber que o diagnóstico precoce é importante. Nos primeiros sintomas, é importante procurar um posto de saúde ou UPA. Nesses casos, não é necessário procurar só os hospitais da capital, os postos de saúde nos municípios têm condições de fazerem isso”, afirmou
O parlamentar também destacou a atuação do colegiado.
“Em reunião da comissão com representantes da Sespa, Vigilância Sanitária, Adepará e Secretaria de Agricultura e Pesca (SEDAP), solicitamos que seja determinado um protocolo com os cuidados para que essa urgência epidemiológica não se torne mais um pesadelo para o povo paraense”, informou.
A deputada e médica Dra Heloísa Guimarães, que atua como vice-presidente da comissão, disse que a questão exige cautela e garantiu que as outras espécies de peixes podem ser consumidas.
“Não devemos decretar no Estado qualquer situação de alerta. É preciso observar as condições sanitárias, mas não significa que temos que parar de comer peixe, apenas evitar as espécies indicadas”, pontuou.
O deputado Orlando Lobato, presidente da Comissão Permanente de Apoio ao Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura, na Alepa, revelou preocupação com a economia da atividade pesqueira.
“Isso já está trazendo um impacto muito grande nas atividades e para os trabalhadores da pesca, tanto do pessoal que trabalha na captura e no manejo do pescado, quanto na comercialização para a população”, destacou, esclarecendo que cerca de 150 mil trabalhadores no Pará estão sendo impactados, com a diminuição do consumo de pescado.
Fake News
As informações divulgadas como supostas “Fake News” sobre a síndrome de Haff, também vem preocupando o parlamentar.
“É preciso ter cautela em divulgar informações infundadas sem comprovação científica, essas informações que estão sendo divulgadas de forma errônea estão afastando essas pessoas dos mercados”, criticou.
Atuação
Para debater o assunto, uma audiência pública foi requerida pelo deputado para ocorrer no próximo dia 22 de setembro, com objetivo de discutir junto à academia, órgãos de pesquisas, Sespa e trabalhadores da pesca, medidas e protocolos para evitar avanços nos casos da doença.
De acordo com o presidente do Legislativo Estadual, o deputado Chicão, o assunto sobre a doença precisa ser discutido na Casa de Leis.
“É uma questão nova e preocupante, é um tema de saúde pública e os parlamentares da área médica levaram essas informações. É importante que se faça esses debates na Alepa, para esclarecer melhor a população”, ressaltou o presidente.
Para o deputado Junior Hage, os debates são essenciais para esclarecer a população.
“Importante trazer esse assunto na tribuna desta Casa e fazer esses esclarecimentos sobre essas informações para nós e para toda a população, isso nos ajuda a manter informados sobre a realidade do que está acontecendo e nos tranquiliza”, concluiu.
Serviço
Com o objetivo de prestar orientações à população sobre fabricação e condições do pescado, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) colocou à disposição os canais de atendimentos da Ouvidoria para receber denúncias.
Os telefones são (91) 3210-1101 / 1105 e 1121.
Para contatos via celular, o número é (91) 99392-4264.
Se tem interesse nos contatos dos escritórios regionais, acesse o site http://www.adepara.pa.gov.br/