Por trás dos 43 anos da Mineração Rio do Norte (MRN), celebrados neste sábado, 13 de agosto, data do primeiro embarque de bauxita, existe a trajetória de uma empresa construída de pessoas, com o propósito de promover uma mineração sustentável da Amazônia para o mundo. Com a extração e o beneficiamento da bauxita, no município de Oriximiná, oeste do Pará, a MRN opera no início da cadeia produtiva do alumínio, sendo a matéria-prima deste importante metal que incide nas experiências e qualidade de vida de milhões de pessoas.
“São 43 anos de empresa. O mundo mudou muito neste período e a mineração também. Nessas quatro décadas, a necessidade de ter responsabilidade ambiental e com as comunidades vizinhas, para nós, sempre foi primordial. Estar aqui é mais do que trabalhar em uma empresa e cuidar de um empreendimento. É cuidar do entorno, da floresta, dos rios e das comunidades. Não é apenas retirar o minério, vender e ganhar dinheiro, é preservar, recuperar e gerar um desenvolvimento sustentável para a região”, afirma Guido Germani, CEO da MRN.
A atuação da companhia é norteada por uma gestão de cuidado às pessoas e ao meio ambiente. “Nossos pilares de atuação estão baseados em um modelo participativo e transparente com a sociedade. As iniciativas e as boas práticas da empresa combinam o pleno atendimento às condicionantes socioambientais com ações de responsabilidade social da empresa, como projetos de apoio e assistência voltados à melhoria da qualidade de vida, que consideram o respeito aos direitos humanos”, ressalta Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da companhia.
Conservação do meio ambiente
Consciente da importância de preservar o bioma amazônico e de promover a sensibilização à conservação do meio ambiente, a MRN desenvolve iniciativas, projetos, planos e metodologias inovadoras, que abrangem a recuperação, o resgate e o manejo de flora e fauna, monitoramento de ar, solo, água, gestão de resíduos urbanos e industriais, entre outras. Todas essas práticas sustentáveis, além de estarem em conformidade com a legislação ambiental vigente, são essenciais para mitigar possíveis impactos derivados de suas operações.
Para o processo de reflorestamento, a mineradora mantém um Viveiro Florestal com a capacidade de produção de 1 milhão de mudas ao ano e mais de 100 espécies nativas. A empresa é referência no desenvolvimento de técnicas de restauração de áreas mineradas. Desde 1979, mais de 7.500 hectares já foram reflorestados. Somente nos últimos três anos, de 2019 a 2021, a MRN realizou um investimento de mais de R$ 10 milhões em reflorestamento de áreas mineradas.
O empreendimento está inserido na Floresta Nacional Saracá-Taquera, ocupando apenas 4,22 % da área total da referida unidade de conservação, sendo que a maior parte das áreas mineradas está em processo de reflorestamento. Para recuperação florestal desta área, a empresa também faz o resgate de flora, reproduzindo espécies florestais no Epifitário para posterior reintrodução em áreas em processo de recuperação, após o término das atividades de lavra. Em 2021, foram resgatados 14.362 espécimes de plantas.
Integrante da equipe de resgate, João Silva, consultor técnico da MRN, trabalha há mais de 40 anos no cuidado de plantas. Ele contribui, juntamente a outros pesquisadores e técnicos da empresa, na identificação e na catalogação de milhares de exemplares, que são monitorados e fazem parte de um acervo científico. “Temos mais de 150 tipos de orquídeas, 75 de bromélias, 25 de aráceas no Epifitário. É onde garantimos a sobrevivência das espécies”, explica.
Relacionamento com as comunidades
Uma das principais diretrizes da MRN é manter um relacionamento transparente e constante com as comunidades da região onde atua. Esse relacionamento é conduzido de forma participativa, com ações e programas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sempre respeitando sua forma tradicional de vida.
Em 2021, foram investidos mais de R$ 23 milhões em iniciativas socioambientais – voluntárias e em cumprimento a condicionantes ambientais –, apoios e patrocínios junto às comunidades. Essas ações atenderam importantes eixos, como geração de renda, educação, cultura, promoção à saúde, preservação ambiental e patrimonial.
No âmbito educacional, ao abraçar oportunidades como o Programa de Apoio ao Ensino Básico (PAEB), Cledinaldo Oliveira, operador de máquinas da MRN, realiza o sonho de ver o filho Clemerson, de 15 anos, na escola. “Hoje, ele faz o 1º ano do Ensino Médio no colégio onde eu também estudei, há muitos anos. Ele tem todo o incentivo da empresa, suporte com material e alimentação, além do meu apoio e da minha esposa Ordélia, para construir uma carreira, que é o nosso sonho”, ressalta. Cerca de 490 alunos foram beneficiados, desde o início do programa, em 1997. A MRN também mantém o Programa de Apoio ao Ensino Superior (PAES) destinado aos moradores das comunidades Boa Vista e do Alto Trombetas II, que ingressam em curso superior e técnico. O PAES oferece uma bolsa para manter os estudos em outras cidades. No total, 72 bolsistas já foram beneficiados com o programa.
O fomento à geração de renda também integra os temas das iniciativas. Há 15 anos, o Projeto de Apoio a Sistemas Agroflorestais (SAFs) atende comunidades na região. O projeto auxilia na produção de alimentos, por meio da agricultura, resultando em rentabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida. Os agricultores fazem cursos e recebem visitas técnicas para aprimorarem o manejo dos seus plantios, movimentando a cadeia produtiva da região e a economia local.
Outra importante iniciativa de geração de renda é o Projeto Manejo de Copaíba que, desde 2010, leva capacitação e assessoria técnica para o manejo sustentável da copaíba às comunidades quilombolas. Para Jonildo Andrade, morador de Curuçá-Mirim, esta ação permite um aprimoramento dos conhecimentos ambientais sobre a extração do óleo de copaíba e uma oportunidade de ajudar em casa. “Antes, eu não tinha essa renda da copaíba e, em parceria com a Mineração, consegui esta ajuda a mais para minha família”, ressalta.
O futuro do meio ambiente é pensado no presente pela MRN. Um bom exemplo disso, são as iniciativas de preservação de quelônios da Amazônia, por meio do Projeto Pé-de-Pincha e Programa Quelônios do Rio Trombetas. A partir dessas ações, mais de 11 milhões de filhotes de tracajás, pitiús e tartarugas-da-Amazônia já foram devolvidos à natureza.
Segurança das operações e das pessoas
A gestão de segurança de barragens e reservatórios é um tema de grande destaque no dia a dia da empresa. A MRN investe, constantemente, em novas tecnologias, sistemas de gestão de monitoramento e inspeção com o intuito de minimizar os riscos dessas estruturas, como a Sala de Monitoramento de Barragens, que é 100% dedicada à segurança. “No total, temos 24 reservatórios de rejeitos e 2 barragens pequenas de sedimentos contando com mais de mil sensores de controle instalados e monitoramento 24 horas por dia. Por meio do monitoramento automatizado das inspeções diárias no sistema de rejeito e nas barragens de sedimento, podemos obter respostas e tomar ações rapidamente, para que não haja maiores riscos às estruturas”, destaca Alexandre Schuler, gerente de Geotecnia da MRN.
Para a gestão da segurança de barragens e reservatórios, a MRN investiu nos últimos anos mais de R$ 60 milhões em um projeto de expansão e automação do sistema de monitoramento, em inspeções, na expertise de profissionais de Geotecnia, e em outras tecnologias com sistemas de vídeo, imagens por satélites e sistemas de sirene, além de estudos e pesquisas por diversas empresas nacionais e internacionais, para o desenvolvimento de projetos, consultoria e auditoria nos assuntos relacionados à segurança de barragens.
As boas práticas de segurança se estendem aos seus profissionais, desde a sua integração na chegada a empresa passando por capacitações, apoio e acompanhamento em área, somados às campanhas de reforço de conscientização, às iniciativas preventivas e ações corretivas na área de segurança. Em 2021, a MRN investiu R$ 16,5 milhões na prevenção de acidentes, mais investimentos na manutenção frequente das condições de instalações, equipamentos e processos, além da capacitação das equipes.
Respeito e desenvolvimento dos empregados
Mais de 5 mil pessoas constroem, diariamente, a MRN em um trabalho que resulta na produção anual de cerca de 12 milhões de toneladas. Uma construção motivada pelo cuidado, valorização, transparência, respeito e confiança nos seus profissionais. Estes princípios incentivam um clima produtivo e impulsionam o engajamento das pessoas com o propósito da empresa de conectar sua produção de bauxita ao mundo sustentável.
Valores compartilhados por Sara Bastos, técnica de operação, que atua na empresa há quase 25 anos, estando atualmente na Estação Ferroviária. “Na MRN, eu tive o meu primeiro emprego, e eu só tinha 21 anos. Nesta época, havia poucas mulheres nas áreas operacionais e tive todo o suporte dos colegas de trabalho. Então, eu sou parte da construção desse espaço feminino. Após três meses, fui promovida e com cinco anos de empresa migrei de área. Consegui aprender muito rápido sobre as operações ferroviárias, conduzir e liderar as equipes”, lembra.
“A empresa sempre se preocupou em dar ênfase ao seu capital humano. Hoje, o programa de Diversidade e Inclusão, o “MRN pra Todos”, tem dado a oportunidade de emergirmos nestes assuntos que são muito importantes para fazermos a diferença, não somente aqui, mas em qualquer lugar da sociedade”, completa Sara.
A cultura de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho é estimulada pela combinação de diferentes culturas que agregam valor, promovem a inovação, melhoram a convivência e permitem a troca de aprendizado, premissas que formam o “MRN pra Todos”. O programa é uma iniciativa que busca a evolução de ambientes mais inclusivos e integrados, abrange todo e qualquer gênero, origem étnica, convicções religiosas, orientação sexual, habilidade ou formações diferenciadas, tendo como base a competência do profissional.
No ano passado, a MRN foi premiada como a 4ª Melhor Empresa para Trabalhar no Norte, conforme a metodologia Great Place to Work (GPTW), evoluindo quatro posições em relação a 2020. Além disso, a empresa figurou, pela primeira vez, entre as 50 empresas no Ranking GPTW Brasil – Melhores Indústrias para Trabalhar de Grande Porte. Reconhecimento de um cuidado genuíno com as pessoas e partilhado por José Guilherme Holanda, gerente técnico da Seção Planejamento Operacional e Topografia. Ele completa este ano, 40 anos de MRN.
“Ingressei na empresa, em abril de 1982, como estagiário do curso de Mineração. Fui admitido e passei pela área operacional técnica e, em 2011, me tornei gerente. Minha experiência e conhecimentos foram ampliados graças ao ambiente harmônico e ao convívio com excelentes profissionais, que sempre fizeram parte do quadro da companhia. Eu me sinto extremamente realizado ao ter construído toda a minha profissão na MRN, uma empresa que inspira pessoas e investe no desenvolvimento dos empregados, além de ter a preocupação em se tornar uma organização mais plural e inclusiva”, declara.
O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, comenta que a MRN se adequa e exerce os valores e propósitos promovidos pela entidade, com uma mineração indutora das boas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG), ética e transparência em seus relacionamentos com as pessoas; inclusiva e parceira nas iniciativas promotoras do desenvolvimento socioeconômico e ambiental. “Pela sua atuação na região Amazônica e sempre em harmonia com o meio ambiente e as comunidades, a MRN é um excelente exemplo de boas práticas em ESG. O comprometimento da empresa com as boas práticas, de uma forma geral, retrata a realidade da mineração do Brasil que o IBRAM procura mostrar às pessoas comuns, às autoridades, ao público estrangeiro. Essa é a essência de nosso setor e a MRN é um dos seus expoentes”, afirma.
As informações são da MRN