A Polícia Civil do Pará divulgou o resultado da participação na “Operação Átria”, realizada entre os dias 27 de fevereiro e de 31 de março, sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em articulação com as secretarias estaduais de segurança, com o objetivo de ampliar as ações de enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, por meio de mutirões de atendimento, instauração e tombamento de inquéritos e diligências para cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão.
No Pará, a ação integrou ainda a “Operação Março Mulher”, realizada pela Polícia Civil, por meio da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), com apoio das Diretorias de Polícia Metropolitana (DPM), Especializada (DPE), do Interior (DPI), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e Polícia Militar (PMPA).
Ao longo da operação, foram 2.157 vítimas atendidas, 1.532 inquéritos policiais instaurados, 1.270 medidas protetivas solicitadas, três armas de fogo e 15 munições apreendidas, 176 adultos presos e 112 palestras e outras ações pedagógicas realizadas em ações na região metropolitana e no interior do estado.
Os resultados, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, mostram o fortalecimento das medidas de enfrentamento aos crimes cometidos contra mulheres.
“Nossas equipes realizaram diligências em várias regiões do estado, cumprindo mandados e atendendo vítimas. Com essa ação nacional integrada, conseguimos avançar no enfrentamento e responsabilização penal de criminosos que praticaram algum delito contra a mulher”, disse.
Resende reforça ainda a necessidade de que as vítimas saibam que podem contar com o apoio do Estado nos casos de violência.
“É importante as mulheres saberem que o melhor caminho é denunciar e fazer com que esses casos cheguem ao conhecimento da Polícia Civil e das forças de sistema do Estado. Com isso, vamos agir imediatamente para atender da melhor maneira possível, seguindo nosso Protocolo de Atendimento para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar”, acrescentou.
Entre os vários resultados alcançados, a delegada Ariane Melo, diretora da DAV, destaca o número de medidas protetivas obtidas.
“É um recurso judicial que resguarda a segurança e proteção à mulher vítima de violência doméstica, proibindo o contato do agressor com a vítima, por qualquer meio, seja pessoalmente, por telefone, por celular, internet. É comum que o juiz estabeleça um limite de distância, o afastamento do agressor do lar, proibição de frequentar os mesmos locais que a vítima, entre outras medidas previstas na Lei Maria da Penha”, pontuou.
Além da capital, as equipes estiveram nos municípios de Ananindeua, Marituba, Barcarena, Canaã Dos Carajás, Curionópolis, Castanhal, Marabá, Parauapebas, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, Santarém, São Miguel do Guamá, Ulianópolis, Paragominas, Vigia de Nazaré, Xinguara e Salinópolis.
Fonte: Agência Pará