A professora do curso de Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) Camila Pereira Jácome é a curadora científica da exposição permanente “Olhos da Terra: Arqueologia de Oriximiná”, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo com peças do acervo arqueológico de Oriximiná. Inaugurada no dia 12 de maio, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta, das 8 às 14 horas, no prédio da Secretaria Municipal de Cultura, localizada na Passagem Manoel Alexandre de Souza, 11, bairro Centro, com entrada gratuita.
A exposição é uma oportunidade para conhecer um pouco mais sobre a cultura dos povos indígenas Pocó e Konduri, sociedades complexas e sofisticadas que viveram na região do rio Trombetas. Compõem a exposição fragmentos cerâmicos, tais quais adornos e apêndices antropomorfos e zoomorfos, além de fragmentos de paredes de vasilhas com desenhos figurando rostos de animais ou humanos, testemunho dos vários tipos de representação figurativa na cerâmica destas ocupações.
Há também ferramentas líticas, associadas a essas cerâmicas. O material feito em rochas locais, chamados na arqueologia de lítico, mostram também a engenhosidade e criatividade dos povos indígenas ao esculpirem e criarem ferramentas que além de úteis, carregam uma singela beleza que persistem até hoje. Painéis instalados nas paredes laterais fornecem aos visitantes informações técnicas e refletem um pouco da diversidade de abordagens científicas integradas no estudo das culturas humanas e das relações ecológicas que elas mantêm com seu ambiente.
A exposição foi montada com peças que fazem parte Acervo Arqueológico de Oriximiná, sob a guarda da Secretaria Municipal de Cultura. O acervo cerâmico foi estudo pela professora Camila Pereira Jácome durante seu doutorado, defendido em 2017. A pesquisa integrou o projeto “Arqueologia do Norte Amazônico”, coordenado pelos professores André Prous e Ruben Caixeta de Queiróz da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Comunicação/Ufopa