Na última sexta-feira (28), no centro de São Bernardo do Campo, em São Paulo, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) espancaram uma mulher grávida e o seu marido.
Tudo se deu por volta das 15h quando agentes municipais recolhiam produtos vendidos por um casal de ambulantes.
Ao ver a aglomeração, a auxiliar de limpeza Tamires Passos Silva (29) e o seu marido, o motoboy Roberto Brito (35), se aproximaram dos ambulantes que comercializavam máscaras.
Um vídeo feito por um transeunte mostra o momento em que um homem de vermelho, ainda não identificado, passou a agredir Tamires com chutes e socos, enquanto os guardas agarravam as mercadorias.
Os agentes municipais, ao invés de conterem o agressor, o auxiliaram partindo pra cima da mulher, que está grávida.
O marido, na tentativa de proteger sua companheira, foi igualmente espancado.
A população vaiou a ação da guarda e pediu para que o homem de vermelho fosse contido.
Porém, mais uma vez, os agentes públicos, descontrolados e bastante nervosos, voltaram a agredir o casal. A mulher levou golpes de cassetete na cabeça e teve a boca ferida.
“Me deram soco, chute, me bateram com cassetete mesmo algemada no chão”, contou Tamires ao site Ponte Jornalismo.
Em seguida, o casal foi colocado em um camburão e levado à delegacia sem que tenham cometido crime algum.
Tamires acusa os policiais de racismo: “A gente acha que foi preconceito porque no meio de tanta gente, só eu e meu marido fomos agredidos porque a gente tem pele negra”, critica. “A minha amiga pegou meu filho para dentro da loja, mas ele me viu com a boca machucada e o meu marido algemado e começou a gritar”, completa.
Levado ao 1º Distrito Policial, o casal conta que foi intimidado pelos guardas, que não paravam de mexer nas armas.
Liberado em seguida, o casal não teve acesso a uma cópia de Boletim de Ocorrência e, por isso, não sabem se foram indiciados.
O advogado do casal também não teve acesso ao BO. Ele entrou com representação no Ministério Público, e acusa os guardas de tentativa de homicídio, uma vez que “os GCMs assumiram o risco ao agredir com cassetete uma mulher grávida na cabeça”.
Confira as imagens divulgadas pela Ponte Jornalismo clicando aqui.
Fonte: Ponte Jornalismo