O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o último boletim da PNAD Covid 19, pesquisa criada em maio para avaliar os impactos da pandemia no mercado de trabalho, bem como investigar comportamentos de saúde da população em relação aos casos suspeitos da doença. A pesquisa encerrou coleta em novembro, revelando que, desde o começo da pandemia, 991 mil pessoas foram testadas no Pará, com 319 mil resultados positivos. Isso significa que 11,4% da população total do estado foi submetida a algum tipo de teste, sendo que 3,7% esteve no grupo de casos confirmados da doença.
No Pará, 353 mil pessoas manifestaram sintomas de Covid 19 em novembro, o equivalente a 4,1% do total da população do estado. O número foi considerado estável em relação ao mês anterior quando 421 mil pessoas relataram a ocorrência de sintomas (4,8% da população). No primeiro boletim, em maio, esse dado era de 1,84 milhões de pessoas (21,3% da população do estado).
Em novembro, 3 mil domicílios paraenses (10,4%) em que se tinha presença de pessoa idosa teve pelo menos uma pessoa manifestando sintomas conjugados de Covid 19. Em maio, eram 97 mil domicílios paraenses nessa condição (21,9%).
Das 991 mil pessoas já testadas no Pará, a maioria tinha entre 30 e 59 anos (56% ou 555 mil), sendo 759 mil pretos ou pardos (76,7%). Quanto ao grau de instrução, o grupo mais testado foi os com ensino médio completo ou superior incompleto (39,5% ou 391 mil testados), seguindo das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto (27,4% ou 271 mil). A maioria das pessoas testadas tinha rendimento familiar abaixo de 1 salário mínimo (60,8% ou 602 mil).
Nos testes com resultado positivo para Covid 19 no Pará, até novembro, os grupos majoritários foram mulheres (51,2%); pessoas com até 59 anos de idade (88,4%); pretos e pardos (76,6%); pessoas com grau de instrução entre ensino médio completo ou superior incompleto (37,3%); e aquelas com rendimento domiciliar de menos de 1 salário (60,8%).
Assim como no começo da pandemia, quando 1 milhão e 436 mil pessoas com sintomas (78% dos sintomáticos que a pesquisa registrou em maio) não procurou atendimento médico, em novembro a maioria das pessoas com sintomas também não procurou atendimento: dos 353 mil sintomáticos, um total de 257 mil pessoas (72,8%) não procurou atendimento.
Também continuou sendo maioria a quantidade de pessoas sem plano de saúde no Pará e que, portanto, dependia exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) caso viesse a ter complicações da doença. Em maio, 7 milhões e 294 mil residentes no Pará, o equivalente a 84,8% da população, encontravam-se nessa condição. Já em novembro o percentual ficou em 86,3% (7 milhões e 481 mil pessoas).
As informações são do IBGE/Pará