Uma ex-funcionária de Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, revelou ao Fantástico do domingo (27), que o número de mulheres abusadas pelo milionário de 66 anos ultrapassa 200. Ele foi acusado de abuso sexual e estupro por mulheres que contam ter sido aliciadas para festas e eventos na sua casa, em Alphaville, São Paulo.
Segundo a ex-funcionária, que foi uma das vítimas do acusado, antes de trabalhar para ele, algumas delas eram menores de idade. “Eu tenho uma média de 200 a 230 meninas por ano”. Os abusos, segundo ela, são incontáveis. “Na casa de centenas, com certeza”, conta. “O abuso físico era horrível, era uma situação péssima”, complementou.O programa da TV Globo entrevistou outras vítimas do milionário.
Elas relatam que eram submetidas a controle de peso, pressionadas a realizarem procedimentos estéticos e a manter relações sexuais com Klein, sempre sem o uso de preservativos, mediante remuneração de R$ 3 mil a R$ 4 mil por semana.
Uma outra vítima, que na época tinha 17 anos, recordou que eram submetidas a jogos sexuais: “Quem errava tinha que fazer sexo com outra menina. Se ele ficasse excitado o suficiente com a nossa performance, poderia fazer sexo com ele. Eu, que tinha dez dias que tinha completado 17 anos, fiz aquilo na frente de quase 30 meninas, com um cara de uns cinquenta anos, mais velho que eu”, conta ela.
“Ele pediu para eu deitar e começou ali o ato sexual. Eu chorava. E tentava esconder o rosto, abaixar o rosto na cama, mas ele pegava no meu cabelo, virava o meu rosto e falava: “Olha para mim, eu quero que você olhe para mim”, relembrou.
“Eu não queria ter ido, mas me convenceram. Eu queria muito um celular, porque eu era uma menina de 17 anos que não tinha celular”.
A defesa de Klein alega que as relações eram consensuais e que o empresário era um “sugar daddy”, um homem mais velho que tem o fetiche de sustentar financeiramente mulheres mais novas em troca de afeto e/ou relações sexuais.
Klein terá que se submeter a uma perícia psicológica por decisão da Justiça, após uma ação movida por seu filho, Philip Klein, que pediu a interdição do empresário alegando que ele está dilapidando o patrimônio.
As informações são do UOL