Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que o percentual de pessoas trabalhando de forma remota manteve-se em queda, em novembro de 2020 no Brasil. Ainda assim, hoje são 7,3 milhões de pessoas neste regime de trabalho, resultado das adaptações que as empresas tiveram que fazer por conta da pandemia de covid-19. De acordo com o Ipea, mais de 20 milhões de trabalhadores ocupados no país teriam potencial de atuar por teletrabalho: 71,7% estão no setor privado, o equivalente a 14,977 milhões de pessoas.
De fato, algumas empresas encontraram no teletrabalho uma oportunidade. Importante ressaltar a diferença entre esta modalidade e o home office: o teletrabalho já está previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e tem regras próprias para a pessoa que trabalha predominantemente em casa. Já o home office refere-se à pessoa que eventualmente trabalha em casa.
A Mineração Rio do Norte, maior produtora de bauxita do Brasil, com sede no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná (PA), adotou o teletrabalho desde novembro do ano passado para que empregados, de forma voluntária, aderissem à modalidade, cuja natureza do trabalho seja compatível a modalidade a distância. “Nosso objetivo é conseguir melhoria da atratividade e competitividade nos processos seletivos, além do engajamento de nossos talentos. Com a inclusão desta modalidade há possibilidade do empregado conciliar a vida familiar e o trabalho, além de alinhar a MRN a novas tendências e práticas de mercado”, conta a gerente do departamento de Administração de Pessoas da empresa, Claudia Canto.
Para Fernando Reis, analista de Sistemas da mineradora, o teletrabalho permitiu unir o útil ao agradável. Depois de cinco anos morando em Porto Trombetas trabalhando presencialmente, com o novo modelo de trabalho ele pôde retornar a sua cidade natal, Itabirito (MG), continuar atuando na MRN e morar mais perto de sua família. “Estou em teletrabalho há um mês e acredito que isso favorece a autogestão, organização e, consequentemente, a confiança entre os membros da equipe”, enumera.
Da infraestrutura à postura
Quando a jornalista Fabiana Gomes foi contratada como analista de Comunicação, em agosto de 2020, começou suas atividades de forma remota em Belém (PA), por conta da pandemia, tendo a boa notícia em novembro de optar pelo teletrabalho. “Para mim a maior dificuldade sempre foi ficar longe da minha família e confesso que me imaginar morando longe de casa, era um pouco difícil. Quando surgiu esta oportunidade de teletrabalho, fiquei imensamente feliz por saber que ficaria com a minha família e, ao mesmo tempo, trabalharia numa das maiores empresas de mineração do mundo. A empresa proporcionou todo o conforto para que eu pudesse desempenhar da melhor forma o meu trabalho. Tenho orgulho de trabalhar na MRN e admiro o zelo e preocupação da empresa com o bem-estar de seus empregados”, destaca.
Seguindo todos os procedimentos, a MRN tem custeado todo o processo de desmobilização para o local de origem do empregado, além de fornecer benefícios como ajuda de custo mensal para internet, energia elétrica, para educação por um ano por filho ao empregado que residia com a família em Porto Trombetas. “A MRN fornece também um auxílio ergonomia, com valor único, para aquisição de apoio para os pés, suporte para notebook, suporte para pulso, cadeira ergonômica e mesa para que o empregado possa desempenhar um bom trabalho preservando sua saúde e bem-estar. Fornecemos também notebook ou desktop ou outro recurso, quando necessário, ficando o empregado responsável pela guarda, conservação e devolução quando solicitado pela MRN”, ressalta Claudia Canto.
Guilherme Pires, especialista de Mineração, mora em Campo Belo (MG). Ele foi contratado em janeiro deste ano pela MRN e está muito satisfeito com o novo momento no teletrabalho. “Acredito que pouquíssimas empresas do Brasil estejam aderindo a este modelo desta forma. A empresa me apoiou em tudo que precisei em termos de infraestrutura e a melhor parte é que fico perto da minha família”, comemora.
Disciplina é a chave
Para Fabiana Gomes, o sucesso do teletrabalho também depende muito da organização e comprometimento das pessoas. “Esses são dois quesitos fundamentais. Claro que na sua casa, você tem a liberdade para, de vez em quando, fazer uma pausa para o ócio criativo, mas isso não pode ser confundido como uma agenda particular de trabalho, que você escolhe quando quer cumpri-la. Se a empresa está dando uma opção que é boa para ela e para o empregado, temos que dedicar todos os esforços para fazer as entregas com muita excelência e isso exige planejamento, organização das tarefas, check list diário e atenção total aos prazos”, reforça.
Guilherme Pires conta que possui um espaço dedicado ao trabalho dentro de casa, para separar bem os dois momentos e ter tranquilidade. “É preciso ter disciplina, seguir seus horários, não trabalhar de pijama e realizar pausas para esticar as pernas e refrescar a mente, respeitando seus limites”, aconselha.
Divulgação: Mineração Rio do Norte