Área urbana e comunidades próximas à cidade de Juruti receberam mais 2 mil cestas básicas. Diversos públicos foram atendidos, desde profissionais ligados à serviços que tiveram sua renda impactada pela pandemia a famílias em situação de vulnerabilidade social.
O Instituto Juruti Sustentável (IJUS), está coordenando ação através do Projeto “Juruti Contra a Covid-19”, e nesta fase final do projeto recebeu como parceiro o Instituto Alcoa, fortalecendo o grupo de instituições civis que se uniram e estão trabalhando para minimizar os efeitos da pandemia no território. O grupo é formado também pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), NPI Expand, Palladium, Alcoa Foundation, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), Cooperativa da Agricultura Familiar de Juruti (Cooafajur).
Aureliano Ramos, presidente do sindicado dos estivadores do município, afirma que ações como esta vem sendo fundamentais para diversos grupos de profissionais que viram sua renda diminuir mais que 50% no período da pandemia.
“Para o trabalhador da Estiva está difícil, tem dia que ganha, tem dia que não ganha. Essa cesta básica é muito importante, muitos estão passando necessidade. Agradeço muito a todos os parceiros que fizeram essa ajuda e a cada estivador que está trabalhando nesse momento difícil”.
Superando desafios, melhoria no atendimento
Para garantir a qualidade no atendimento às famílias, por alguns dias houve a necessidade da suspenção das entregas e uma nova estratégia de agendamentos por grupos foi implantada, visando prestar o serviço sem criar aglomerações. “Nossa população está sofrendo com o impacto da pandemia, nos redobramos para que os grupos mais impactados recebessem esse apoio. Não foi fácil, pois a demanda foi grande, tentamos ao máximo minimizar os riscos de aglomerações, mas acredito que conseguimos chegar a quem mais precisa”, afirmou Bárbara Espínola, Secretária Executiva do IJUS.
Eliana Gonzaga de Oliveira, moradora da cidade afirmou, ao receber a cesta básica, que a doação chegou numa boa hora essa ajuda, porque está difícil de arrumar trabalho. “Eu fico muito agradecida a todos que estão colaborando com as famílias carentes que estão precisando, porque é muito difícil uma pessoa receber ajuda numa crise como essa”, comentou.
Região de várzea sendo atendida
Atualmente, em parceria com a defesa civil, o atendimento do projeto chegou a 98 famílias em situação de vulnerabilidade que tiveram suas situações agravadas neste momento, por residirem em uma região que sofre com alagamentos. Ao total, sete comunidades foram atendidas, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) mapearam as famílias que vivem em áreas fortemente impactadas pelos alagamentos do ano de 2021.
Sebastião Batista, morador da comunidade São Francisco, que todo ano enfrenta os alagamentos, disse como é morar na região: “sou nascido e criado aqui, é uma terra que estou acostumado, no verão vemos uma fartura, neste momento de cheia não podemos plantar, trabalhar. Não é fácil enfrentar o alagamento na várzea, muitas famílias não tem pra onde ir. Essa cesta é muito bem-vinda neste momento de alagamentos”.
A pandemia persiste no mundo e em na região de Juruti e a união de diferentes organizações nunca foi tão importante. O IJUS, os parceiros do projeto e as organizações locais têm trabalhado com seriedade e em prol da vida, pois os desafios são enormes.
Fonte: IJUS