O município de Santarém, no oeste do Pará, é a terceira cidade, entre 20 pesquisadas pelo Instituto Trata Brasil, com a pior taxa de saneamento do país. À frente da cidade paraense, apenas Macapá (AP) e Porto Velho (RO). A Pérola do Tapajós supera as capitais Rio Branco (AC) e Belém. O estudo do Instituto Trata Brasil avalia os indicadores de saneamento básico dos 100 maiores municípios brasileiros. Cidades de São Paulo, Paraná e Minas Gerais ocupam as primeiras posições, enquanto que cidades do Rio de Janeiro e de estados das regiões Norte e Nordeste estão entre as últimas.
O estudo foi publicado pelo portal G1, nesta terça-feira (22), no Dia Mundial da Água. Segundo a publicação, mais de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada em todo o país. Além disso, 100 milhões não têm coleta de esgoto. Ao mesmo tempo, apenas 50% do esgoto é tratado no Brasil — o que significa que mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza todos os dias.
Confira as 20 piores cidades quando o assunto é o serviço de saneamento básico:
Macapá (AP)
Porto Velho (RO)
Santarém (PA)
Rio Branco (AC)
Belém (PA)
Ananindeua (PA)
São Gonçalo (RJ)
Várzea Grande (MT)
Gravataí (RS)
Maceió (AL)
Duque de Caxias (RJ)
Manaus (AM)
Jaboatão dos Guararapes (PE)
São João de Meriti (RJ)
Cariacica (ES)
São Luís (MA)
Teresina (PI)
Recife (PE)
Belford Roxo (RJ)
Canoas (RS)
E agora, as 20 melhores cidades:
Santos (SP)
Uberlândia (MG)
São José dos Pinhais (PR)
São Paulo (SP)
Franca (SP)
Limeira (SP)
Piracicaba (SP)
Cascavel (PR)
São José do Rio Preto (SP)
Maringá (PR)
Ponta Grossa (PR)
Curitiba (PR)
Vitória da Conquista (BA)
Suzano (SP)
Brasília (DF)
Campina Grande (PB)
Taubaté (SP)
Londrina (PR)
Goiânia (GO)
Montes Claros (MG)
Segundo o G1, o documento considera os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2020.
Para entender melhor a situação do país, o estudo analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira.
A cobertura de água tratada aumentou de 93,5% para 94,4% entre 2019 e 2020.
A população com acesso a coleta de esgoto também cresceu de 74,5% para 75,7%.
Já o esgoto tratado passou de 62,2% para 64,1%.
Na contramão dos outros indicadores, a perda de água na distribuição aumentou de 35,7% para 36,3%. Neste caso, o aumento significa piora, já que mais água está sendo desperdiçada.
A presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, destaca que a melhora da maioria dos indicadores é positiva, mas o ritmo é abaixo do esperado. “A tendência de melhora é baixa. Nós vemos um ganho de 0,9, 1,2 e 1,9 ponto percentual nos indicadores, o que ainda é muito pouco para a realidade que nós temos no país”, diz.
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