O avanço da vacinação contra a Covid-19 e a retomada das atividades econômicas em condições mais próximas da normalidade refletiram de forma positiva no desempenho do setor de alimentação fora do lar. Estudos apontam a continuidade do crescimento para 2022, o que deve contribuir não só para aumentar o faturamento, mas também o interesse de investidores.
Pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com o Instituto Foodservice Brasil (IFB) e a consultoria Galunion, identificou o crescimento de 53% do setor de alimentação fora do lar em 2021, na comparação com 2020.
O resultado é justificado como uma retomada após o período mais crítico da pandemia, quando vários estabelecimentos fecharam as portas em todo o Brasil. Quem sobreviveu, acompanhou a mudança de hábitos dos consumidores, que passaram a usar mais o serviço de delivery.
O aumento da demanda por serviços de entrega com a retomada do consumo presencial nos estabelecimentos tem garantido bons resultados também em 2022. Outro levantamento realizado pelo IFB mostrou que, em abril deste ano, as vendas aumentaram quase 75% em comparação com o mesmo mês de 2021. No primeiro quadrimestre do ano, as vendas acumularam uma expansão de 74,6% em relação a igual período do ano passado.
Impactos na bolsa de valores
Aproveitando a retomada do setor, a International Meal Company (IMC) anunciou um plano de expansão no Brasil. A empresa proprietária das redes Pizza Hut, KFC e Frango Assado pretende abrir entre 50 e 70 lojas este ano. No momento, ela possui mais de 500 unidades ativas.
Além de aumentar os lucros, a expansão tende a atrair mais investidores, interessados pelo aquecimento do setor de alimentação fora do lar e do desempenho das franquias, já populares no país. A IMC está listada na Bolsa de Valores (B3) com o código MEAL3.
Outras grandes empresas que também estão listadas na B3 e devem acompanhar o ritmo de crescimento do setor de alimentação fora do lar são as que atuam na fabricação de alimentos e bebidas. A oferta na bolsa inclui ações da Ambev (ABEV3), da BRF (BRF3), da Camil Alimentos (CAM3), da M. Dias Branco (MDIA3), dentre outras.
Como investir
O investimento em ações é recomendado para quem prioriza a rentabilidade em relação à segurança, pois os ativos têm maior volatilidade em comparação com outros produtos financeiros. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) recomenda que o investidor defina os seus objetivos financeiros e descubra qual é a sua tolerância aos riscos antes de começar a investir.
Após a análise, caso haja o interesse pelas ações, é necessário abrir uma conta em uma plataforma de investimentos para ter acesso ao sistema da bolsa de valores. As ordens de compra e venda são realizadas on-line.
Para escolher em qual companhia investir, a Anbima orienta analisar os relatórios disponíveis no site da B3. Assim, é possível conhecer o desempenho e as projeções para a empresa. Acompanhar as informações sobre o setor de atuação também contribui para a decisão.
Há mais de duas mil ações disponíveis na B3. Os valores variam e, por isso, o investimento também é acessível aos pequenos investidores. Para tomar uma decisão mais assertiva, uma alternativa é tirar dúvidas com a equipe de profissionais da plataforma onde a conta foi aberta.
Fonte: Agência Experta Media