Um dos maiores grileiros de terra da região Amazônica foi alvo de uma ação da Polícia Federal nesta quinta-feira (3). O suspeito é investigado por ter desmatado mais de 6 mil hectares de áreas de floresta no Pará, o que equivale a quatro ilhas de Fernando de Noronha (PE).
Segundo as apurações, ele teria se apossado de 21 mil hectares de terras da União no entorno de reservas indígenas e unidades de conservação. A PF informou que o suspeito foi preso em flagrante de posse de uma arma de fogo ilegal, além de certa quantidade de ouro bruto.
Os agentes cumprem três mandados de busca e apreensão nas cidades de Novo Progresso (PA) e Sinop (MT). A Justiça Federal também autorizou o confisco de R$ 116 milhões, 16 fazendas e 10.000 cabeças de gado que pertenceriam ao grupo do investigado.
As áreas griladas ficam próximas à BR-163, que conecta Cuiabá a Santarém. Ao longo das investigações, a PF descobriu que o grupo criminoso fazia a inscrição fraudulenta de áreas públicas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) em nome de terceiros que não moram na região. Depois, os suspeitos desmatavam os terrenos e o destinavam à criação de gado.
“Assim, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio”, diz a nota da PF.
O alvo já recebeu onze autuações e seis embargos do Ibama por manejo irregular e desmatamento ilegal.