A Terra Indígena Ituna Itata, localizada nos municípios de Altamira e Senador José Porfírio, no Pará, foi alvo da operação Contragolpe, deflagrada nesta sexta-feira (29), pela Polícia Federal. Os federais cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de destruir pelo menos 15 pontes e queimar um veículo do Governo do Estado, neste mês. Esse ataque havia sido para impedir a ação policial de combate ao desmatamento na área.
A operação teve mais de 60 policiais federais, além do apoio da Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Adepará e Força Nacional. A PF cumpriu onze mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas de pessoas envolvidas nos atos de violência. Na madrugada do dia 9 para o dia 10 de setembro foi destruída uma viatura da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará). E durante todo mês, têm sido destruídas pontes na região. Entre os atos de vandalismo, os criminosos colocaram pregos na estrada, como forma de emboscada, para furar pneus de viaturas e atrapalhar o acesso da polícia.
Foram apreendidos celulares e documentos que serão usados para instruir a investigação e auxiliar na conclusão do inquérito policial. Os presos foram levados ao presídio, onde estão à disposição da justiça.
A ação visa bater o desmatamento ilegal da região amazônica na terra indígena. A destruição da vegetação é feita para dar espaço a pastos de criação de gado, de forma ilegal.
Estima-se que na TI Ituna-Itata haja um grupo indígena em isolamento voluntário, designado “Igarapé Ipiacava”. Por isso, em 2011, restringiu-se o direito de ingresso, locomoção e permanência de pessoas estranhas aos quadros da Funai na área, por meio da publicação de portarias. Está vigente, atualmente, a Portaria Funai 529/2022, que prorrogou o prazo de restrição por mais três anos.
Fonte: Polícia Federal